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Família Simões Pires recorda dois séculos de história em encontro de descendentes

Publicada em 04/11/2019
Família Simões Pires recorda dois séculos de história em encontro de descendentes | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Documento oficial foi mantido por mais de 200 anos na família e será doado para o Museu Dom Diogo de Souza

Uma história iniciada há mais de dois séculos, na ilha de Açores, Portugal, culmina com um encontro que acontece em Bagé, no próximo dia 16. Os descendentes da família Simões Pires devem se reunir pela 13ª vez, sendo a quarta vez que o evento acontece na Rainha da Fronteira.
O médico e pesquisador Adauto Tercius Simões Pires, um dos descendentes responsável pela organização da atividade, explica que o primeiro encontro aconteceu em 2007, por mobilização do ramo da família de Rio Pardo, reunindo mais de 500 descendentes. O evento já foi realizado em São Sepé, Porto Alegre, Santana do Livramento, Salto (Uruguai) e Tacuarembó (Uruguai).
Adauto relata que a estimativa é que existam mais de 200 mil descendentes da família cuja história acompanha a do Brasil há mais de dois séculos. A saga dos Simões Pires iniciou no meio do Oceano Atlântico, no arquipélago de Açores, território autônomo de Portugal. Foi lá que nasceram os dois primeiros personagens da história, Matheus e Catarina Inácia, e de onde emigraram para o Brasil, ainda jovens.
À época, o império incentivava a vinda de portugueses com o objetivo de povoar os territórios fronteiriços e, desta forma, defendê-los do avanço das tropas espanholas. Ambos chegaram ao Brasil na década de 1760. Adauto destaca que não há certeza se os dois já vieram comprometidos ou se o romance já aconteceu em terras brasileiras. O fato é que contraíram matrimônio após a chegada, em Rio Grande.
Já com uma filha, Vicência Joaquina, partiram para Rio Pardo, onde se estabeleceram, ergueram um lar e um comércio que sustentava a família. Em seguida, chegou o segundo e último filho do casal, Antônio.
Matheus ia, algumas vezes por ano, ao Rio de Janeiro, de onde trazia mercadorias, armas e mantimentos para revender em seu comércio, em Rio Pardo. Em uma dessas viagens, o barco foi atacado por espanhóis, ele foi feito refém e ficou anos desaparecido. Mas a esposa não perdeu a fé e sempre afirmou que ele voltaria. "Toda noite, ela rezava junto a uma imagem de Nossa Senhora Conceição", relata Adauto.
"A imagem ainda existe e está aqui, em Bagé, em propriedade de José Otávio Gonçalves, outro descendente dos Simões Pires", destaca Carmem Barros, que faz parte do clã.
"Quando o marido voltou, eles mandaram construir uma capela para agradecer o retorno dele", conta outro parente, Lourival Simões Pires, que também toma parte na organização do evento, junto a Adauto e Carmem, revelando o grande interesse e conhecimento da história da família que os descendentes possuem.
A "expansão" dos membros da família foi iniciada pela prole de Antônio, que teve 14 herdeiros, sendo sete homens e sete mulheres. Muitos desses herdeiros receberam sesmarias, ou seja, lotes de terra para produção agrícola doada pela Coroa Portuguesa e, assim, se espalharam pelo Estado e levaram o sobrenome Simões Pires aos quatro cantos do Rio Grande do Sul.
Um dos atrativos do encontro deste ano, além da reunião de centenas de pessoas que têm antepassados e sobrenome em comum, será a apresentação de um dos documentos de doação de terras, localizadas no Rincão do Inferno, junto ao rio Camaquã. A missiva oficial, que data de 1799, traz assinatura do príncipe regente, Dom João.
O documento foi entregue a Carmem pelo descendente José Idílio Machado dos Santos, cuja família tinha a posse do documento há dois séculos. Após ser apresentado no encontro, o documento será doado para o Museu Dom Diogo de Souza.
Familiares e descendentes dos Simões Pires que desejam participar do encontro, que acontece no próximo dia 16, no Círculo Militar de Bagé, deve confirmar presença através do telefone (53) 999 536 700 ou 999 662 662.

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