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Há 37 anos, Mário Quintana declamava poesias durante a 1ª Feira do Livro de Bagé

Publicada em 05/11/2019
Há 37 anos, Mário Quintana declamava poesias durante a 1ª Feira do Livro de Bagé | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Frequentadora assídua de feiras e eventos relacionados à literatura, Maria Sílvia Robaina de Souza, há exatos 37 anos, teve uma ideia que marcou a trajetória cultural da Rainha da Fronteira. A então bibliotecária-chefe da Biblioteca Central, das Faculdades Unidas de Bagé - FUnBa (atual Urcamp) decidiu que já passava da hora de realizar um evento voltado ao mundo dos livros, em praça pública, no município. Esse pensamento fundamentou a organização da 1ª Feira do Livro de Bagé, realizada em 1982, com o tema “Vamos voltar a ler como antigamente”.
O evento, moldado ao exemplo de feiras de outras cidades, como Porto Alegre e Rio Grande, contou com alguns dos maiores nomes da literatura gaúcha, como o gigante da poesia, Mário Quintana. Maria Sílvia não reside mais em Bagé, mas retornou à cidade natal à convite do diretor do Arquivo Público Municipal Tarcísio Taborda, Cláudio Lemieszek, para relatar e documentar a organização do evento. Aproveitando a ocasião, ela esteve na redação do Jornal MINUANO, contando um pouco sobre os cinco dias de evento.
Ela relembra que, após ter a ideia, levou a conhecimento da reitoria da própria FUnBa e à Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Esporte e Cultura (Smec), que rapidamente abraçaram a causa. Assim, ela e Caetana Albano Caringe, representante da Smec, partiram para a capital gaúcha a fim de buscar apoio para a viabilização, além de iniciar as tratativas com livreiros e autores para participação no evento.
Em Bagé, foi formada uma comissão organizadora, composta por Maria Sílvia e Caetana, além de Yara Maria Botelho Vieira, então diretora da Biblioteca Pública; Afra Dóglia, diretora da Biblioteca Infantil; e Regina Quadros, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Às professoras do curso de Belas Artes da FunBa, Mery Uberti, Mariane Del Castillo, Luiz Fernando Santos e Judith Plentz, coube a identidade visual do evento. Cartazes e flyers com a programação foram feitos artesanalmente por elas e replicados pela gráfica Cecom, também da FUnBa.

Grandes nomes das letras em terras bajeenses

A feira foi realizada entre os dias 26 e 30 de novembro de 1982, no, então, recém-inaugurado Calçadão. Esta primeira edição, conforme conta Maria Sílvia, teve como patrono Félix Contreiras Rodrigues, advogado, escritor e um dos fundadores do jornal “Correio do Sul”.
O responsável pela abertura da solenidade foi Tarcísio Costa Taborda, como orador oficial. Aliás, a organizadora conta que ele teve participação decisiva na viabilização da feira, já que na época atuava como diretor do Departamento de Cultura da Secretaria Estadual de Desporto e Turismo.
Na noite do segundo dia da feira, os bajeenses lotaram o Salão Nobre da Prefeitura para ver um dos maiores poetas brasileiros, recitando sua própria obra: Mário Quintana. Junto a ele, Armindo Trevisan e Tânia Franco Carvalhal comentavam a obra do poeta. “Foi uma noite linda, o salão estava cheio e, mesmo assim, não parava de chegar gente. Eles (Quintana, Trevisan e Tânia) fizeram esta sessão comentada de declamação de poesia, da mesma maneira que faziam em Porto Alegre, e emocionaram o público”, contou.
Dois dias após, foi a vez de outro gigante das letras do Rio Grande do Sul trazer mais peso ainda ao evento e marcar Bagé como epicentro cultural da época: Luís Fernando Veríssimo participou de uma noite de autógrafos de sua obra mais conhecida, “O Analista de Bagé”, lançado no ano anterior. “Naqueles dias, a nata da literatura gaúcha estava em Bagé”, conta Maria.
Outros dois grandes nomes que fizeram parte da programação do evento foram o folclorista Dante de Laytano, que palestrou, no dia 28, sobre os “Traços da história do Rio Grande do Sul”, e o tradicionalista e poeta Antônio Augusto Fagundes, o Nico Fagundes, muito conhecido como apresentador do Galpão Crioulo, que participou de uma sessão de autógrafos.

Retomada

O evento iniciado por Maria Sílvia não voltou a ser realizado nos anos imediatamente posteriores. A literatura só voltou para as ruas quinze anos mais tarde, em 1997, através da iniciativa do Sesc/Sistema Fecomércio.
Apesar das edições da feira promovidas pelo Sesc terem seguido uma numeração independente, contando como 1º o evento realizado em 1997, Maria Sílvia avalia que a edição de 1982 abriu portas. “Foi um evento importante para Bagé. Plantamos uma sementinha naquela época que deu certo, a literatura segue sendo divulgada em praça pública, como queríamos naquela primeira edição”, avalia ela.
A 22ª edição da Feira do Livro, promovida pelo Sesc, acontece entre os dias 6 e 10 de novembro, no Largo do Centro Administrativo.

 

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