50 Anos do Direito
O bom filho à casa torna
De seus 54 anos, quase cinco décadas da vida de Marcelo Teixeira foram passadas dentro da instituição de Ensino Superior. Filho de professores da instituição, formou-se no curso e voltou para compôr o corpo docente pouco tempo após. “Naquela época, só os blocos A e B existiam. Eu lembro de brincar, ainda muito criança, nas rampas”, diz.
Filho de um decano do curso de Direito, Adair Fagundes Teixeira, Marcelo recorda que ingressou na faculdade em 1983, onde foi aluno do pai e da mãe, Rutes da Costa Teixeira, na cadeira de Sociologia. Formado em 1987, retornou à casa, agora alçada à universidade e já transformada em Urcamp, em 1989, após prestar concurso para professor, saindo da condição de pupilo e assumindo a condição de mestre. “Na época, eu era o professor mais jovem e fui o caçula por muitos anos, até iniciar o processo de renovação do corpo docente. É engraçado imaginar que, hoje, estou na condição de decano, o professor mais antigo em atividade”, conta.
Ao longo das três décadas em que ocupa o cargo de professor, Teixeira guardou um vasto número de memórias, muitas boas e outras nem tanto. Mas, para ele, o que conta mesmo é ter sido testemunha de toda a expansão e crescimento da Urcamp. “Faço parte dessa história, conheço muito do andamento e vi tudo isso aqui de dentro. Sou muito grato ao que vivi aqui e tudo que tenho hoje foi a Urcamp que me deu”, diz.
E quando fala sobre o que viu, é, realmente, de tudo um pouco. Ao longo dos últimos 30 anos não chega a surpreender que tenha presenciado alguns fatos pitorescos, como um fenômeno inexplicado. “Lembro que muitos alunos falavam que as salas de aula eram assombradas, o vigia também contava, mas eu nunca vi nada. Até que um dia, estava dando aula no bloco D, a aula acabou e fiquei sozinho. Quando estava por sair, apaguei a luz e estava no meio da sala de aula (naquela sala a saída era no fundo), quando a luz acendeu sozinha. Eu nem olhei para trás e saí rapidinho. Depois, o vigia me contou que essas coisas realmente aconteciam”, diverte-se.
Ele conta nunca mais ter presenciado nada semelhante e o episódio se tornou um causo para ser relatado na hora do cafezinho. Aliás, esse é outro ponto forte que, segundo ele, demonstra o ambiente amigável e acolhedor do curso de Ciências Jurídicas. "É o momento em que os colegas se encontram e trocam experiências em um bate-papo descontraído", afirma.
E experiências não faltam. Em toda a história do curso, a experiência acumulada pelos profissionais que dedicam algumas horas de seu tempo para repassar e trocar conhecimento com os alunos se tornou um patrimônio imaterial. E isso, conforme aponta Teixeira, é o principal diferencial da Urcamp. “Esse é nosso principal patrimônio, a nossa história e nossa experiência acumulada. São 50 anos formando advogados, juízes, promotores e delegados para toda região”, garante.