Cidade
Com Cavalos de Cronos, Chico Botelho conquista Prêmio Minuano de Literatura
por Cristiane Ramires e Victória Ferreira
Acadêmicas de Jornalismo da Urcamp
A entrega do Prêmio Minuano de Literatura 2019, realizada semana passada, na Sala de Música do Multipalco Theatro São Pedro, em Porto Alegre, pelo Instituto Estadual do Livro e pelo Instituto de Letras da Ufrgs, destacou o trabalho do bajeense José Francisco Botelho, que acabou sagrando-se vencedor na categoria Conto, pela obra Cavalos de Cronos.
Conhecido popularmente como Chico Botelho, o premiado é escritor, tradutor e jornalista, nascido e criado em Bagé. Com este, o livro já conquistou três premiações somente em 2019, sendo as outras duas o Açorianos de Melhor Livro de Contos e o Açorianos de Livro do Ano. A honraria recente tem o intuito de reconhecer a produção literária gaúcha, contribuindo para sua divulgação e para o incentivo à leitura e à produção escrita.
De acordo com Botelho, eram 40 livros de contos concorrendo na categoria e os outros finalistas eram "extremamente talentosos". O autor afirmou que a terceira premiação da obra foi consagrada a entes queridos. "Dediquei o Prêmio Minuano aos meus amigos mortos, Robson Pandolfi e João Bosco Abeiro (patrono da Feira do Livro de Bagé de 2019)", conta.
Botelho também destacou a importância do novo Prêmio Minuano, que está em sua segunda edição. "É um prêmio muito importante que, já pelo nome, expressa a alma gaúcha, uma iniciativa do IEL (Instituto Estadual do Livro) que tende a se tornar cada vez mais relevante em nosso panorama cultural", avalia.
Sinopse
Em Cavalos de Cronos, Botelho compõe narrativas que fluem como um líquido, mas sempre através de escolhas verbais sólidas, precisas. Ao mundo concreto se superpõe uma cartografia virtual cujos topônimos têm ressonância de presságio e fábula. As narrativas, em prosa e em verso, se expandem num território de crescente estranheza, em pesadelos de indivíduos crepusculares às voltas com o absurdo, ou nos mistérios ancestrais escondidos na montanha ou no labirinto cego da planura.