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Deputada palestra sobre protagonismo dos jovens e mulheres em mobilizações sociais
Publicada em 23/11/2019
A deputada federal Fernanda Melchionna participou, na noite de quinta-feira, de um debate no Salão de Atos do Campus Central da Urcamp. Com o tema "Liberdades democráticas: feminismo e protagonismo da juventude nas lutas sociais do Brasil", a parlamentar conversou com acadêmicos e professores da instituição e refletiu a vanguarda das grandes lutas em reação ao obscurantismo no País e no mundo.
"O Brasil tem muita história de luta democrática e, agora, temos uma responsabilidade histórica como geração de preservar a liberdade democrática e ao mesmo tempo não deixar de sonhar que as coisas podem ser diferentes", disse. Ela aponta que os jovens foram protagonistas de lutas históricas e exemplificou com momentos importantes e marcantes da trajetória brasileira, como a luta contra a ditadura militar ou em busca da democracia no movimento "Diretas Já" e, mais recentemente, com o "Tsunami da Educação", que levou milhões de estudantes às ruas em defesa da ciência e produção de conhecimento e em defesa das universidades e institutos federais contra os cortes de verbas.
A parlamentar ressaltou que a luta feminina sempre existiu, mas ganhou reforço a partir de 2013, com reação de combate à violência doméstica e violência sexual, desigualdade salarial e como reação contra a elevação das estatísticas de feminicídios no País.
"Até mesmo para ocuparmos a posição que estamos agora, tudo teve muita luta. Imaginem há 100 anos, qual seria o nosso destino? Certamente, não seria a universidade ou a Câmara dos Deputados", falou. A história de luta das mulheres pode ser exemplificado por um movimento atual passeata Ele Não, que teve como objeto a contrariedade da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, em 2017, completou ao avaliar que "foi a maior manifestação feminista da história do Brasil, um movimento extremamente forte, embora não tenha sido totalmente vitorioso"
No atual panorama mundial, Fernanda apontou que, também, pode ser observada a conjunção da luta dos grupos de mulheres e jovens, como as manifestações que acontecem, atualmente, na Colômbia e Chile. "Uma das maiores manifestações dos Estados Unidos ocorreu após a posse do Trump, em 2017, e foi convocada por mulheres", frisou.
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