Segurança
“Drogas e celulares valem muito dentro do Presídio”, diz delegado
Na noite de quinta-feira, agentes da Guarda Externa do Presídio Regional de Bagé (PRB) interceptaram 14 celulares e outros objetos arremessados para o interior da casa prisional. A ação, aliás, foi constatada um dia após uma revista recolher, quarta-feira, exatamente 14 aparelhos. O fato, muito além de ter aspectos de coincidência, em virtude do volume de equipamentos, retrata uma questão que tem se tornado repetitiva junto ao PRB.
O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), delegado Cristiano Ritta, informa que esse tipo de delito acontece devido ao comércio existente no interior da penitenciária. “Drogas e celulares valem muito dinheiro dentro do Presídio. Eles (apenados) têm um comércio próprio e, então, utilizam-se desses recursos”, explicou.
Ritta enfatiza que grande parte dos arremessos, e também visitas, que levam objetos proibidos para o interior do PRB tem envolvimento de uma gama considerável apenados. “Claro que as organizações criminosas podem obrigar e agenciar, fazendo pressão em pessoas que estão foram do complexo prisional para fazer esses arremessos, mas não são somente eles que fazem esses delitos”, argumentou.
Segundo o registro de ocorrência da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), na noite de quinta-feira, por volta das 22h, dois homens arremessaram sobre a tela do PRB pacotes, revestidos com esponja, contendo 14 telefones celulares, três carregadores e um fone de ouvido.
Os autores não foram encontrados, mas os objetos foram apreendidos.