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Novembro azul

Publicada em 25/11/2019
Novembro azul | Minuano Saúde | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
CAPA

Com uma morte a cada 38 minutos, câncer de próstata necessita de atenção constante e proativa. A cada hora, sete homens recebem o diagnóstico da doença, cuja taxa de cura chega a 90% dos casos, quando descoberta na fase inicial

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) sobre o câncer de próstata revelam um quadro preocupante: até o final do ano, estima-se que o biênio 2018-2019 terá 68.220 novos casos da doença. O número corresponde 31,7% dos diagnósticos de todos os tipos da doença registrados no País. É o câncer mais incidente entre os homens depois do carcinoma de pele não-melanoma. No âmbito mundial, a tendência é igualmente inquietante, sendo este responsável por 4% das mortes somados todos os tipos de tumores segundo a Globocan 2018.

O impacto é também econômico. Segundo um estudo da Unidade de Inteligência da revista The Economist, as perdas, apenas no Brasil, somaram, em 2015, mais de um bilhão de dólares não corrigidos pela inflação. No entanto, o câncer de próstata é um tipo de tumor com uma perspectiva de cura otimista caso seja identificado rapidamente. “Pessoas que estejam na faixa de risco, composta por homens acima de 50 anos, com histórico familiar, precisam discutir com seu médico sobre o rastreamento e os exames necessários. Mas, em geral, todos os homens devem fazer acompanhamento anual”, explica André Fay, oncologista do Grupo Oncoclínicas no Rio Grande do Sul.

Obstáculos para prevenção

Um dos principais obstáculos na prevenção e detecção desse tumor é exatamente a falta de informação. Uma pesquisa realizada, em 2017, pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), encomendada pelo Datafolha, indicou que 21% do público masculino acredita que o exame de toque retal "não é coisa de homem". Considerando aqueles com mais de 60 anos (grupo de risco), 38% disseram não achar o procedimento relevante. Outro dado do IBGE mostrou que, aproximadamente, 5,7 milhões de homens de 50 anos ou mais realizaram exame físico ou de toque retal nos 12 meses anteriores à pesquisa, equivalendo a apenas 25% dessa faixa de idade.

A falta de autocuidado masculino alcança também outras partes, como o pênis e os testículos. Ainda que menos prevalentes (2% e 5% dos casos respectivamente), os cânceres peniano e testicular também deixam o homem refém de seu próprio desconhecimento. O tumor de pênis está relacionado à falta de uma boa higiene e tem uma relação causal direta no número de casos, que são responsáveis por mais de mil amputações todos os anos. Outro fator de risco é infecção – geralmente via relação sexual - por HPV (papilomavírus humano), considerado uma epidemia global e prevalente em 54,6% da população brasileira de 16 a 25 anos.

O câncer testicular não tem correlação com fatores ambientais, mas indica um dado alarmante: a maior incidência ocorre em homens em idades entre 15 e 50 anos. Nessa fase, segundo dados do Ministério da Saúde, existe a chance de o tumor ser confundido, ou até mesmo mascarado, por um processo inflamatório ou infeccioso envolvendo o testículo. Anualmente, morrem cerca de 360 pessoas pela doença, muitas vezes diagnosticadas já em estágios mais graves.

Campanha informativa

Por isso, a importância de campanhas informativas como a promovida pelo Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa, em parceria com a SBU para desmistificar o exame de toque retal. A ação, lançada neste mês de Novembro, é protagonizada pelo apresentador, ator, roteirista, diretor e escritor Marcelo Tas e tem como foco central a difusão de conhecimento por meio das mídias sociais.

“Precisamos esclarecer a sociedade em geral que o exame de toque retal, essencial para a prevenção e detecção do câncer de próstata em estágios iniciais, não precisa ser um tabu. O teste dura em média sete segundos, é simples, não causa dores ou complicações após sua realização e, acima de tudo, é essencial para uma vida saudável”, explica Bruno Ferrari, presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas e um dos idealizadores da campanha.

Fay concorda e adiciona que a melhor forma de combater esse tipo de preconceito é com a ampliação das informações. “Este é, de longe, o tipo de câncer mais comum entre os homens. O número de mortes também está aumentando e o exame de toque retal, juntamente com a avaliação do PSA, é fundamental para diagnosticar o tumor em estágios iniciais e salvar essas vidas. À medida que os homens saibam, cada vez mais, da sua importância para curar a doença, em caso de diagnóstico, menos preconceito e mais consciência terá”, afirma.

“A maior barreira é esse homem entender os cuidados que ele precisa ter sempre, como se observar e ir ao médico com frequência para acompanhamento de qualquer alteração. É papel dos profissionais de saúde e entidades do segmento estimular acesso à informação clara e objetiva para que a população em geral busque o acompanhamento médico preventivo periodicamente”, finaliza o oncologista Bruno Ferrari.

 

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