Cidade
Professores estaduais realizarão caminhada luminosa hoje
A greve dos professores estaduais, motivada pelo pacote de reformas apresentado pelo governador, Eduardo Leite, segue em todo o Rio Grande do Sul. A mobilização iniciou há 10 dias e, na terça-feira, houve uma assembleia geral, em Porto Alegre, definindo pela manutenção da mobilização. Nesta quinta-feira, em Bagé, uma caminhada será realizada pelo centro da cidade.
Conforme a diretora do 17º Núcleo do Cpergs, Delcimar Delabary, a participação da sociedade e comunidade escolar tem sido decisiva para a categoria. Ela destaca que, durante a assembleia, em Porto Alegre, os trabalhadores receberam o apoio da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, além de moções de repúdio ao pacote encaminhadas por mais de de 200 Câmaras de Vereadores de municípios gaúchos.
A sindicalista adianta que o movimento cresceu e, agora, conclama a população e comunidade escolar a participar da caminhada luminosa, agendada para acontecer, hoje, a partir das 19h. “Haverá concentração em frente à escola Silveira Martins. O ato irá acontecer, sucessivamente, no mesmo horário nos 42 núcleos do Estado”, disse.
Além disso, para às 10h, está prevista a participação do grupo na Câmara de Vereadores de Bagé. A categoria mantém, ainda, o "Acampamento da Resistência", montado na Praça da Estação. Ontem, houve a presença de representantes das escolas Carlos Kluwe e Professor Leopoldo Maieron (Caic), que realizam atividades lúdicas no local.
A categoria aponta uma perda de 30% do poder de compra devido aos cinco anos sem reposição salarial e 47 meses de parcelamento dos salários. Entre as medidas apresentadas pelo governo, estão a revisão do plano de carreira do magistério e modificação do sistema de aposentadorias.
Saúde e Agricultura
Servidores das coordenadorias regionais de Saúde e de Agricultura também estão mobilizados contra as perdas salariais e o pacote do governo, que deve ser apreciado pela Assembleia Legislativa nos próximos dias.
A Coordenadoria de Regional de Saúde está funcionando com cerca de 30% do efetivo e, segundo os servidores, a mobilização é basicamente devido às condições de trabalho, parcelamento e congelamento dos salários. Já a de Agricultura está com as portas fechadas desde terça-feira.