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Bagé se despede da voz de Dica
Publicada em 02/12/2019
Com uma trajetória marcante na comunidade, principalmente quando se refere à voz feminina no samba, Magda Alvarina Oliveira Leite, a “Dica”, como era conhecida popularmente, se despediu, neste final de semana, dos bajeenses. Vítima de um AVC, a cantora, reconhecida pelas participações no grupo Mesa de Bar, e por cantar nas dependências do Grêmio Esportivo Bagé, foi sepultada na tarde de sábado, no cemitério José de Arimateia. Sua trajetória ficará eternizada na vida com quem a conviveu.
Autodidata, Dica deu os primeiros passos na música ainda na infância. No canto, iniciou com o propósito de “brincar” ao tentar imitar a voz da Alcione. Sua história foi narrada em reportagem publicada pelo Jornal MINUANO, assinada pela repórter Jaqueline Muza, no dia 26 de janeiro de 2015. Durante a entrevista, Dica contou com que os primeiros acordes e cantos que entoou foram com o irmão João Paiva de Oliveira, aos 12 anos. Nascida e criada em Bagé, recebeu três convites para cantar em bandas de fora, mas, em virtude da pouca idade, recusou-os.
Devido ao fato de adaptar sua voz à cantora Alcione, muitas pessoas se referiam a ela como a “Marrom de Bagé”. O fato era que a semelhança na voz e nos acordes que alcançava era inconfundível. Conforme a reportagem, Dica acumula passagem por vários blocos carnavalescos e escolas de samba, no que se refere a interpretação de enredos históricos. Com 12 anos, além de cantar com o irmão, no Guarany Futebol Clube, ainda teve a responsabilidade de puxar o bloco Ibajé. Ela também participou de vários festivais de música no Militão e nos programas de auditório da Rádio Cultura.
Autodidata, Dica nunca estudou teoria. Tudo que aprendeu se deve aos intensos ensaios e ajuda do irmão. A carteira profissional conquistou com 18 anos, em Porto Alegre. “Quando cheguei lá disse que tinha somente samba no repertório e os avaliadores me fizeram cantar outros tipos de música. Mesmo assim, tirei 10 e fui aprovada”, destacou na reportagem da época. Outra experiência relatada no texto que Dica se orgulhava foi ter gravado três músicas gospel para um CD produzido por Ivoncléo Monteiro.
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