MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Esportes

João Emílio e a batalha do futebol feminino no interior

Publicada em 07/12/2019
João Emílio e a batalha do futebol feminino no interior | Esportes | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Equipe candiotense foi fundada em 2015

No domingo passado, o Inter sagrou-se campeão gaúcho de futebol feminino, com uma vitória por 4 a 2 sobre o Grêmio. A campanha atraiu os holofotes da imprensa, pelos 106 gols marcados durante a competição. Mas se no masculino a disparidade da dupla Gre-Nal em relação aos times do interior já é grande, no feminino a situação multiplica-se. Mesmo que a passos lentos, Inter e Grêmio têm investido nas mulheres e ocupado espaços significativos no futebol nacional. Claro, isso muito em função da exigência feita pela Conmebol de que, para disputar a Libertadores, os clubes devem manter departamentos femininos ativos. Mas, independente disso, o fato é que o investimento foi feito.
Já no interior, o amadorismo ainda paira sobre quem tenta oportunizar espaços para as meninas. Uma das cidades que resiste em meio às dificuldades é Candiota, cujos 9.362 habitantes são representados pela Associação Esportiva João Emílio, que mantém departamento feminino desde agosto de 2015. Na edição deste ano do estadual, a equipe chamou a atenção de toda a mídia estadual pelos 25 a 0 que sofreu para o Inter, na última rodada da primeira fase. Mas pouco se discutiu os fatores que levam a essa impressionante disparidade. E é justamente essa a proposta da reportagem, trazer detalhes dos meios que a João Emílio utiliza para conseguir jogar o campeonato gaúcho.

A disparidade criada ano a ano
Criada em agosto de 2015, inicialmente com viés social, em pouco mais de um ano, a João Emílio já ingressava no campeonato estadual. Na época, organizado pela Associação Gaúcha de Futebol Feminino (AGFF). O certame ficou sob a responsabilidade da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) desde 2018. Na atual temporada, a João Emílio ficou na lanterna, com oito derrotas em oito jogos – oito gols marcados e 92 sofridos. Técnico da equipe, Cleo Moura conta que, durante a competição, praticamente não houve treinamentos, em virtude da dificuldade financeira para reunir as atletas, várias de outras cidades. "Nos jogos, na maioria das vezes, saíamos de madrugada. Isso é uma das coisas que vai mudar para 2020. Teremos mais treinos e melhoraremos o cronograma de viagens, indo um dia antes", ressalta.
Neste ano, a disparidade ficou ainda mais evidente contra o Inter e Grêmio, que como já citado anteriormente, ainda que em passos lentos, aumentam ano a ano o investimento no departamento feminino. Ou seja, a cada temporada, se distanciam mais da realidade do futebol feminino do interior, que carece de apoio e profissionalismo. "Internacional e Grêmio é uma realidade a parte. Na qualidade técnica, a diferença é surreal. São jogadoras de nível de seleção brasileira. Fora isso, há a parte de estrutura por trás, como médico, plano de saúde, alimentação. Essa é a profissão delas. Já no interior, todas as atletas trabalham. Ou seja, o futebol é um hobby. E ainda por cima, a maioria prefere o futebol do que o campo", contextualiza.
Quando Cleo se refere ao fato das atletas da dupla Gre-Nal viverem do futebol, é lógico que isso deixa a disputa ainda mais difícil. Por outro lado, na João Emílio, Cleo informa que a maioria das atletas necessita pagar suas próprias despesas, como viagens. A situação se ameniza quando há apoio do empresariado. "Ajudamos na alimentação de algumas com o patrocínio do comércio, que fornece R$ 600 por mês", informa.

Ruptura para 2020
Para conseguir manter uma equipe feminina no estadual, desafiando equipes que vivem em outra realidade, Cleo reconhece que várias mudanças terão que ser tomadas para 2020. Tanto que a diretoria da João Emílio já elabora um planejamento para a próxima temporada. "Primeiro, precisamos ter uma diretoria atuante. E junto disso, buscar alternativas junto às empresas e a própria prefeitura, que é nossa apoiadora. É certo que precisamos treinar mais e ter uma base daqui da região da Campanha. Vamos trabalhar por etapas. A ideia é daqui a três anos termos uma equipe competitiva no adulto", explana. Na formatação de uma nova diretoria, a presidência deverá ser ocupada por Anderson Teixeira. Uma das iniciativas será "trazer" os pais das jogadoras para dentro do projeto.

Seletiva no dia 14
Já visando a temporada de 2020, desde o time adulto até as categorias de base, a João Emílio promove, no dia 14, uma seletiva. A atividade será realizada das 9h às 16h, no estádio Tarumã, e é aberta para atletas de 12 a 20 anos. As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (53) 999 049 938.

Galeria de Imagens
Leia também em Esportes
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br