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"De Bagé", Maria Cristina Peduzzi é eleita para presidir o Tribunal Superior do Trabalho
Publicada em 11/12/2019
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) elegeu, em sessão extraordinária realizada na segunda-feira, a ministra Maria Cristina Peduzzi para presidir a Corte e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) no biênio 2020-2022. O vice-presidente será o ministro Vieira de Mello Filho. O novo corregedor-geral será o ministro Aloysio Corrêa da Veiga. A posse da nova direção será realizada em sessão solene no dia 19 de fevereiro de 2020.
A ministra Maria Cristina Peduzzi, que tem ligação histórica com Bagé, será a primeira mulher a presidir o TST, instância mais elevada de julgamento para temas envolvendo o direito do trabalho no Brasil. Em seu discurso, na segunda-feira, ela citou a escritora Virginia Woolf para destacar que não é possível responder à pergunta ‘o que é uma mulher’ até a mulher se expressar ‘em todas as artes e profissões abertas às capacidades humanas’. “Espero ser este um sinal de que estamos avançando na resposta a essa questão”, assinalou.
O TST é composto por 27 juízes com título de ministro, nomeados pelo presidente da República, após aprovação do Senado. Ao falar em nome da nova direção eleita, ainda na sessão extraordinária, a ministra Maria Cristina Peduzzi agradeceu a confiança dos colegas e disse estar ciente do relevante papel institucional da presidência. “Muito me orgulha a contingência histórica de ser a primeira mulher eleita presidente do Tribunal”, afirma.
Para a presidente eleita, os desafios institucionais são enormes, principalmente diante de um contexto de uma longa recuperação econômica e de reflexão sobre as bases fundantes das relações de trabalho no país. “Desde logo, afirmo nosso compromisso com a Justiça do Trabalho e com a sua missão de pacificar os conflitos laborais”, adianta. “Esperamos todos contribuir para a construção de uma administração judicial funcional, eficiente, capaz de sempre dar resposta célere às reivindicações da sociedade brasileira”, pontua.
Trajetória
Maria Cristina Peduzzi nasceu em 1952, Melo, no Uruguai, mas é brasileira nata, porque se mudou para Bagé, ainda na infância, optando pela nacionalidade brasileira. “Sou gaúcha. Nasci em Melo, mas sou brasileira nata, porque eu vim pequeninha para Bagé. Assim, minha cidade mesmo é Bagé. Minha mãe é de lá, e eu fiz opção pela nacionalidade brasileira”, declarou em entrevista realizada por Dante Marcello Claramonte Gallian, para o Banco de Memórias e Histórias de Vida da Academia Nacional de Direito do Trabalho, em 2012.
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Direito, Estado e Constituição pela mesma instituição, a ministra atuou como advogada nos Tribunais Superiores de 1975 até sua posse no TST, em 2001, em vaga destinada à advocacia. Foi procuradora da República (1984), procuradora do Trabalho (1992) e professora universitária de graduação e pós-graduação (UnB, CEUB, Mackenzie e IDP).
A ministra preside a Oitava Turma e a comissão de Jurisprudência e Precedentes Normativos. Ela integra a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e o Órgão Especial. Foi vice-presidente do TST no biênio 2011/2013 e conselheira do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) de 2009 a 2013. De 2013 a 2015, representou o TST no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No biênio 2016/2018, foi diretora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
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