Cidade
Restaurante Popular paralisa atividades e fornecedor alega falta de pagamento
Desde segunda-feira, quem se alimenta no Restaurante Popular, no centro de Bagé, não contou com o serviço. A empresa DLC Alimentos (Cantinho da Comida Caseira), que atende a estrutura, renovou o contrato em agosto deste ano com a Prefeitura mas, segundo divulgado à reportagem do Jornal MINUANO, está sem receber os valores desde setembro. As cerca de 180 refeições diárias são servidas ao custo de R$ 2 para o beneficiário que tem condições de pagar. As demais são gratuitas e, para muitos, representa a única alimentação do dia.
Conforme o advogado da empresa DLC, Luciano Vaz Bautista, a Prefeitura não está cumprindo uma cláusula do contrato que prevê o pagamento após 30 dias da prestação do serviço. Ele explica que o valor já é baixo e, com o atraso, ficou inviável para o empresário fornecer a alimentação. A empresa deve receber R$ 7,70 por refeição. “Ele não queria parar, mas não teve nenhum retorno”, disse. Bautista salienta que o último depósito foi realizado em agosto. Depois disso, o empresário chegou a notificar o Executivo, mas não teve retorno.
Na porta do Restaurante, situado na Emílio Guilain, a Secretaria de Assistência Social, Habitação e Direitos do Idoso informa, em cartaz anexado à porta de acesso, que somente durante os próximos dias o espaço estará fechado, porque passará por manutenção na estrutura para melhorar os serviços prestados. A mesma explicação foi exposta através de nota oficial emitida à imprensa. Sobre a inadimplência com a empresa, não houve manifestação.
O Restaurante Popular foi criado em 2005, como parte do programa Fome Zero. Em 2017, o serviço chegou a ser interrompido por cerca de 40 dias, para readequações, após a falta de pagamento de um convênio que mantinha os funcionários através do Programa Cidadão Bajeense (Prociba) e a ausência de prestação de contas do valor investido em 2016. Porém, assim que resolvidas tais questões, retomou as atividades.