ELLAS

Inspiração que contagia

Coluna Ellas Fazem com amor

Por Rosane Coutinho
Jornalista/fotógrafa

 

A história desta edição, mostra a força da mulher que tem garra e faz acontecer. Ela é uma bajeense que carrega no coração o entusiasmo de viver e nem percebe que é a inspiração de muitos dos que a cercam. Ana Lúcia Raposo de Moura, nossa convidada que, há mais de 20 anos, atua na mesma empresa, contribui para a evolução profissional de pessoas que, assim como ela, tem nas metas crescer e evoluir.

Tudo começou, ainda, no Ensino Médio, por volta dos 15 anos, quando ela costumava passar na frente do Senac e sentia um encantamento pelo instituto de ensino, que logo foi o local que teve aulas de datilografia. Após se formar em Administração de Empresas, pela Urcamp, Ana Lúcia resolveu, então, deixar um currículo no Senac e foi assim que, em 1996, foi denominada instrutora de datilografia. Após um ano, já efetivada, passou a usufruir da experiências de todos os setores como atendimento, secretária de escola, RH e financeiro. Atuou interinamente em Santana do Livramento, Santa Maria, além de ficar backup do diretor em Bagé. Foi no ano de 2017, que Ana Lúcia passou ao cargo de diretora. “Eu era coordenadora administrativa, passei por todos os setores”, conta.

 

Educar para vida

Segundo a diretora da instituição, a educação profissional é rápida, pois a mudança de vida acontece a todo o momento. Nos cursos de formação inicial continuada, a ela fala que são ainda mais rápidos, e é perceptível o ingresso das pessoas no mercado como nos cursos de cabeleireiro, barbeiro, massagista, que podem atuar de forma autônoma, tendo o seu espaço para atendimentos e conseguir o seu sustento. “Teve o caso de um projeto federal, de pessoas com vulnerabilidade, que realmente mudou a vida de famílias, as quais, muitas vezes, passavam por situações de extrema necessidade e que uma formação dessas foi possível alterar o quadro das pessoas”, se emociona.

“A educação é a perspectiva de um futuro melhor, esta frase define muito bem a importância do estudo”

Pós-graduada em Educação e Metodologia do Ensino Superior, ela sabe que a educação e a administração precisam andar juntas, mas confessa que a educação já está inserida em seu DNA. Ana Lúcia sabe que gestão tem suas dificuldades, atribuições, responsabilidades, embora tenha todo um respaldo do departamento regional em Porto Alegre, e o apoio da equipe profissional que têm uma ampla experiência, uma vez que o Senac tem um 'turnover' muito baixo (rotatividade/troca de funcionários). “Nossa pedagoga está conosco há 30 anos, e não há profissionais estagnados, pois estão constantemente buscando atualizações. O Senac sabe que o mundo do trabalho é muito dinâmico e é preciso acompanhar as tendências de mercado para que se consiga oferecer as melhores oportunidades e um modelo pedagógico que faça com o que o mercado absorva nossos alunos. Porque de nada adianta ter excelentes cursos e títulos de uma marca que é reconhecida a nível nacional se não estivermos buscando o estreitamento com o mercado”, confessa a mãe de Carolina (21 anos) e Ramiro (14).

Ana costuma dizer que não são os bons resultados que fazem as pessoas felizes e sim as pessoas felizes que produzem bons resultados. “E isso eu vejo no dia a dia, pois as pessoas, aqui, trabalham com prazer”, se alegra.
Sua alegria remete ao seu pai. Quem o conheceu sabe que o senhor José Raposo, era carioca, e mesmo morando muitas décadas na Rainha da Fronteira, não deixava seu sotaque do Rio de Janeiro. Ana herdou dele essa vivacidade e paixão pelo que faz, pelo que ama.

Ela lembra que, na época dos filhos pequenos, sempre teve o apoio da família para conciliar as obrigações do trabalho com as do lar, mas sabe que ao olhar para trás. Tudo foi feito da melhor forma possível, sempre com muita responsabilidade e que fosse possível desempenhar ambos papéis. A filha de Amália recorda que no mesmo ano que se casou, também entrou para o Senac. “Por nosso departamento regional ser em Porto Alegre, eu me reporto muito para lá, além disso, sou auditora interna da Isso 9001. Então, sempre viajava bastante, mas graças a minha mãe, que me ajudou muito, posso, hoje, avaliar que valeu muito a pena. Acredito que os filhos deem mais valor para a gente quando nos veem no mercado de trabalho e batalhando. E esse retorno eu tenho dos meus. Eles têm atitudes maduras de pessoas comprometidas de coração bom. Dá muita alegria!”, confessa.

E esse mesmo coração de mãe que se alegra é o que se realiza ao ver os alunos se formando. “Cada um é único, é especial de alguma forma pois cada um carrega a sua história. Sua gana de crescer. E quando os vimos inseridos no mercado de trabalho, se percebe que está cumprida a nossa missão", se orgulha