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Pequenos gestos, muita diferença

Publicada em 13/12/2019
Pequenos gestos, muita diferença | ELLAS | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

por Aline Fontoura de Leon
Escritora 

 

Faz calor e o ar está pesado, olho pela janela e vejo muitas pessoas caminhando rapidamente, algumas crianças cansadas e chorando, o som é barulhento. Sinto um certo desconforto alternado com períodos de emoções pulsantes, comuns nessa época que se aproxima. É Natal novamente... e, em breve, estaremos comemorando um novo ano. Neste momento, lembro de algo que ouvi de um amigo certa vez: “Aline, a miséria humana nos atinge”, penso que isso nunca fez tanto sentido como nos dias atuais. Apesar de várias opções, alternativas, escolhas, cores e ruídos vivemos tempos de privações humanas. É preciso ter coragem para enxergar...

Volto meu pensamento a tantas coisas passadas e reflito: como será o futuro? Não sou expert em previsões, mas entendo que, daqui para a frente, não há mais como viver sem se importar com o outro, com a coletividade. Não é mais possível que, ao sair de casa, a gente esbarre com pessoas dormindo na rua, entrando nos contêineres para pegar comida e que, ainda assim, não tenhamos um mínimo de compaixão. Não é mais possível jovens drogados, mulheres abusadas e adultos desempregados. Não é verdade que não possuímos uma certa responsabilidade sobre os fatos que acontecem ao nosso redor. Não dá mais para negar! Não há individualidade realizada com um entorno indigente. É óbvio que a “miséria humana” alcança a todos, ainda que nossas condições pessoais possam ser um pouco diferentes.

É mais do que hora de tomarmos consciência e buscarmos um mundo mais acolhedor e construtivo. E isso significa desapego e escolha por uma postura de amor perante a humanidade. Sim, temos muitos compromissos. Manter o núcleo familiar e a nossa saúde mental já nos ocupa bastante, porém, sempre temos condições de fazer um pouco mais. E existem muitos exemplos a serem seguidos, o que precisa é comprometimento.

Não estou falando de grande feitos, mas de pequenas atitudes. Será que percebemos, ao sair à rua tanta gente precisando de ajuda para atravessar? Na maioria das vezes não olhamos para o lado, estamos apressados, preocupados com alguma coisa e os gestos de solidariedade ficam para depois. Aquele “bom dia” para o vizinho, porteiro, colega, amigo ou até mesmo para algum desconhecido foi dado? Tudo que há em casa é necessário? Certamente, acumulamos mais do que precisamos. Doe, empreste, mas não deixe mofar sem utilidade. Além do mais, temos talentos, todos possuímos, sem exceção. Pois bem, coloquemos isso a serviço da comunidade. Junte um grupo, cante, dance, escreva poesia, exerça um trabalho voluntário, pinte quadros, ensine música, yoga, adote uma criança, confeccione bolos, seja gentil, ofereça flores, compartilhe informação. Deixe de olhar somente para seu “umbigo”, faça, também, pelos outros. Por favor! Menos ódio, competitividade, agressividade e intolerância.

Tudo isso não é blá, blá, blá, é real, faz diferença e leva alento na vida das pessoas. Não espere mais, pois aquele momento em que você acha que terá tempo para fazer pode não chegar. Deixe-se para lá e não se dê muita importância, não somos imprescindíveis. Nossos filhos crescem e muito rapidamente já não necessitam mais de nossos cuidados, trilham o próprio caminho com a mesma ânsia de liberdade que um dia tivemos. No trabalho também chegam novos profissionais ávidos por lugares e espaços, executando as atividades de forma mais ágil e inteligente. Os amigos nem sempre permanecem conosco. A família segue seu rumo. Os aplausos, que por um certo tempo alimentaram nosso ego, cessam. Assim, entenda que o melhor que podemos fazer é dar significado a nossas ações através de atitudes humanitárias, pois é aquilo que construímos de essencial que permanecerá para sempre e pelo qual seremos lembrados quando aqui já não mais estivermos. Portanto, faça agora e o mundo poderá ser melhor com a sua pequena contribuição.

Olho novamente pela janela, peço sabedoria para poder fazer a minha parte e continuo com esperança...

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