Cidade
Comércio se mobiliza para as últimas vendas de Natal
As últimas compras antes da celebração do Natal, no dia 25, não estão gerando grandes expectativas no comércio bajeense. Neste final de semana, a movimentação nas calçadas foi intensa, mas não foi comparável à de anos anteriores, quando os consumidores revezavam espaço na avenida Sete de Setembro, enquanto subiam e desciam em busca de presentes para toda a família. A maioria das empresas locais, aliás, não estipulou uma elevação na comercialização para a data.
Segundo o presidente do Sindilojas, Nerildo Lacerda, a entidade não realizou uma pesquisa, mas a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) estimou que, devido à baixa de juros, o crescimento das vendas de Natal deve girar em torno de 5%. “É um crescimento bom. As empresas contrataram menos para o período”, relata.
A baixa expectativa se reflete nas empresas. Em uma loja da cidade, especializada em brinquedos que, neste período, normalmente tem um pico nas vendas, a estimativa é baixa. Conforme a gerente, Rita de Cáscia Oliveira, o ano foi bom, mas "calmo". Ela salientou que se as vendas ficarem iguais a do último ano, já serão consideradas satisfatórias. “De qualquer forma, nos preparamos para a festividade e organizamos a loja de forma diferente”, destaca. Rita relata que a maior procura é por bonecas, pistas de carrinho e brinquedos de super-heróis.
Em uma empresa de joias e semijoias, até o final de semana, o movimento foi tranquilo. Segundo a gerente, Sabrina Cardoso, as pessoas estão buscando pequenas lembranças, como brincos, correntes e relógios folheados. “Como a maioria recebeu o 13º na sexta-feira, esperamos o aumento do movimento e um crescimento de 5% nas vendas”, informa.
Em uma loja de móveis e eletrodomésticos, a situação é parecida. De acordo com o gerente, Clóvis Delgado, na última semana de novembro, com as promoções de Black Friday, muitas pessoas anteciparam as compras de Natal. Mas, mesmo assim, a expectativa dele é de comercializar em torno de 8% a mais do que em 2018. “Os clientes estão aguardando as promoções”, avaliou.
Gerente de uma das lojas mais procuradas em confecção e calçados, Matheus Lago enfatiza que o movimento começou a melhorar no sábado e, com isso, afirmou que se vender o mesmo de 2018 estará satisfeito. Ele lamentou, porém, as dificuldades que os servidores do Estado estão passando (salários parcelados e em atraso) e disse que os clientes estão procurando produtos mais em conta para presentear no Natal. “ A busca, este ano, é por peças mais básicas”, afirma.