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Calor e falta de chuva diminui produção de hortaliças em Bagé
Publicada em 15/01/2020
A falta de chuva e o calor começam a causar efeitos no campo, em Bagé. Ainda não foi registrado um prejuízo na safra, nem aumento nos valores dos produtos, mas a tendência é que os investimentos em irrigação e estufas cheguem ao bolso do consumidor. Entre os produtos mais afetados estão o morango, o milho e a alface.
Conforme o produtor Juliano Martins, 26 anos, que planta na região de Olhos D’Água, a falta de umidade no solo faz com que os produtos demorem mais para crescer. Ele ressalta que em sua propriedade o pepino e o milho foram mais prejudicados. “Temos açude, mas o milho não pode ser irrigado e fica muito seco”, disse.
Com uma experiência de mais de 50 anos, o produtor Glênio Caldeira, 63 anos, salienta que, em sua propriedade, no bairro Damé, a estiagem prejudicou a produção de morango e melão, além das verduras. Segundo ele, as plantas, que não têm sombreamento artificial, sofrem bastante, mas mesmo as que estão abrigadas e recebem irrigação, ficam sem umidade por causa do solo. “A planta demora para crescer e reduz de tamanho. Os produtos ficam prontos antes do tempo e não têm como alterar muito o valor. O produtor sempre paga o preço”, relata.
Ataíde Picaz do Couto, 36 anos, produz na região do Passo do Perez. Ele conta com uma estrutura de estufas, mas, mesmo assim, está a produção sofrendo com o calor e a escassez de chuva. Na sua propriedade, o principal problema foi com o morango e a alface. Ele comenta que chove pouco e depois a alta temperatura estressa a planta e acelera o processo de crescimento. “No caso do morango, a fruta fica menor. Já a alface cria um pendão maior e a folha fica amarga. A salsa também sofreu problemas com a estiagem”, informa.
O pequeno produtor Adão Gonçalves, 69 anos, que conta com um hectare no Passo do Perez, participa da feira há mais de 40 anos. Ele informa que sua produção, mesmo pequena, é orgânica e ele leva para o estande somente verduras. Com o período seco, afirma que tem mantido a irrigação com uma mangueira e ainda não sofreu queda em sua lavoura. “Uso o sombrite e mantenho úmido”, explica.
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