Esportes
Jogo-treino marca retorno de Matheus Damasceno
Sem atuar com a camisa jalde-negra desde 3 de abril, quando teve uma ruptura no talo fibular e no deltoide, num jogo contra o Lajeadense, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso, Matheus Damasceno não vê a hora de retornar. Até o final do ano, o volante foi submetido a diversos tratamentos. Contudo, não conseguiu retornar a tempo na Copa Seu Verardi. A infelicidade da lesão veio justamente numa temporada que apresentava grandes atuações.
Para este ano, o maior desejo é ter uma boa sequência sem lesões. E a primeira oportunidade de movimentação será hoje, às 17h30min, em jogo-treino na cidade de Candiota, contra o Tarumã. A oportunidade, inclusive, será para o técnico Badico analisar as peças que dispõe no elenco.
A jornada de recuperação
Com o propósito de evitar margens de erro, Damasceno passou por um processo mais lento de recuperação. Em 2019, vinha numa ótima fase. Embora a contusão, Damasceno permaneceu atuando no "sacrifício", na Divisão de Acesso, até onde conseguiu. Mas em seguida, o Bagé foi eliminado nas quartas de final, em maio, para o Glória. Então, Damasceno voltou para o Rio de Janeiro, e ficou mais de um mês parado. Nesse meio tempo, surgiu a possibilidade de jogar a série B catarinense pelo Inter de Lages. O volante atuou durante 15 minutos numa partida e percebeu que não tinha condições de atuar. Em seguida, pediu para ir embora, pois não achava justo que os catarinenses assumissem uma lesão que ocorreu no ambiente de outro clube.
Em julho, Damasceno se apresentou no Bagé, para a disputa da Copa Seu Verardi. Mas, dessa vez, optou por um tratamento mais minucioso. Inicialmente, optou pelo "tratamento conservador", que reúne uma série de práticas e exercícios, em vez de cirurgia. Assim, o volante dividiu seu tratamento em três turnos. Pela manhã, quando não havia treino físico com o grupo, fez sessões de fisioterapia, com Bruno Modernel. À tarde, se deslocava para a massoterapia, com Cláudio Narval. E a noite encerrava na academia, com o trabalho de Reforço de Massa Muscular.
Como era um tratamento criterioso, Damasceno não conseguiu voltar a tempo de jogar a Copa Seu Verardi. Em consulta com um médico de Passo Fundo, para realização de exames mais detalhados, o método de condução do tratamento sofreu mudanças drásticas. O volante iniciou um trabalho de 90 dias de recuperação com bola ortopédica, tornando, assim, inviável, sua volta aos gramados ainda em 2019. "Voltei ao Rio, onde fiz o procedimento que tinham me passado. Após os 90 dias com a bola ortopédica, retornei lentamente os exercícios com fisioterapia. Graças a Deus, estou muito bem. Sigo fortalecendo a região, e no pós-treino, fazendo gelo, como forma de prevenção", ressalta.
Identificado com a torcida, Damasceno trabalha, diariamente, para que a temporada de 2020 seja, no mínimo, com atuações nos mesmos moldes do primeiro semestre de 2019.