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Coordenadora do curso de História da Urcamp, Clarisse Ismério inicia terceiro pós-doutorado

Publicada em 06/02/2020
Coordenadora do curso de História da Urcamp, Clarisse Ismério inicia terceiro pós-doutorado | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Historiadora inicia pesquisa sobre a mobilização feminista através de jornais feitos por mulheres entre os séculos XIX e XX

Com o título "As senhoras da palavra: reconstruindo as histórias de professoras, jornalistas e escritoras feministas do Rio Grande do Sul", a pesquisadora e coordenadora do curso de História da Urcamp, Clarisse Ismério, iniciou um pós-doutorado em Educação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS.

Este é o terceiro pós-doutorado da pesquisadora, iniciado por ela a convite da coordenadora do programa de Pós-Graduação da PUC, Edla Eggert, que também é orientadora do trabalho. Clarisse conta que o convite surgiu a partir do interesse de Edla pela pesquisa realizada por ela entre 2018 e 2019, na Urcamp, "A história das mulheres através dos jornais locais 1889-1930". Foi através desta pesquisa que Clarisse conheceu o jornal Escrínio, fundado pela professora Andradina de Oliveira na Rainha da Fronteira. Na pesquisa, a historiadora apontou o periódico como o segundo jornal feminista do Rio Grande do Sul e quarto do Brasil. "Então me debrucei nestas questões referentes a mulher enquanto educadora e jornalista", relata.

Clarisse relembra que seu trabalho de seleção para o mestrado abordou a imagem das mulheres sob a óptica positivista vigente à época. Assim, as mulheres viam-se limitadas em apenas duas escolhas: donas de casa ou professoras, já que esta era considerada uma profissão de "dom" feminino. "Essas mulheres, ao se tornarem professoras, se libertavam e eram protagonistas do seu destino, atuando na sociedade", relembra. Por intermédio de professoras que surgiram os primeiros jornais feitos por mulheres. A historiadora relembra que, até 1930, o público feminino só aparecia em jornais quando casava, no obituário ou na entrega de donativos. "Eram coadjuvantes muito tênues. Quando Andradina e as irmãs Melo (Revocata e Julieta de Melo, fundadoras do jornal O Corimbo, de Rio Grande) criam esses jornais, conseguem mudar essa perspectiva: educadoras com jornais próprios, que passam a exigir os direitos da mulher na sociedade", aponta.

Um exemplar do jornal feminista de Andradina pode ser encontrado no Museu Dom Diogo de Souza. Alguns foram acessados por Clarisse, disponibilizados pela Biblioteca Nacional, além de outros exemplares disponíveis na biblioteca de Rio Grande. "É uma pesquisa fascinante, estou apaixonada. Mostra esse outro lado das mulheres, realmente protagonistas de seu destino, que romperam com a sociedade positivista machista da época e trazem esse outro olhar da mulher enquanto educadora, jornalista, literária. Foi isso que chamou a atenção da minha orientadora, que agora me proporcionou o pós-doutorado na PUC", destaca.

Com quatro livros editados, a historiadora adianta que uma nova obra deve ser lançada em breve, com o resultado de sua pesquisa no pós-doutorado. "Certamente vai sair mais um livro para elucidar a questão do protagonismo feminino em Bagé, especialmente essa mulher maravilhosa que foi a Andradina", conta ela.

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