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CTG Prenda Minha completa 50 anos hoje
Há exatos 50 anos, a Praça Rio Branco, conhecida popularmente como Praça de Esportes, foi cenário da fundação de um dos maiores centros de tradições gaúchas da Rainha da Fronteira, o Prenda Minha. Fundado em 7 de fevereiro de 1970, o CTG coleciona histórias, títulos e troféus, além da garantia de manutenção do tradicionalismo na região.
Patrão fundador do centro, o professor Valentin Casalli recorda que o Prenda Minha foi a terceira entidade tradicionalista de Bagé, pois à época já funcionavam os CTG’s 93 e Cruzeiro do Sul. Casalli conta que a ideia surgiu como uma opção para o peão, que, muitas vezes, não se sentia confortável com as outras opções de lazer disponíveis. No CTG, além de manter a cultura gaúcha, os integrantes aproveitavam as atividades como programas para toda a família.
As movimentações já vinham do ano de 1969, mas a mobilização mais concreta para a efetivação teve início em dezembro daquele ano, quando a futura patronagem e diretores fundadores “acamparam” na Praça Esporte. “Conseguimos que a Prefeitura cedesse espaço para construirmos um rancho na praça, que na época era cercada. Construímos um rancho e aquela foi a nossa primeira sede”, recorda Casalli.
O grupo permaneceu no rancho da praça até final de fevereiro, após a fundação oficial do CTG, que contou, inclusive, com a bênção do bispo Dom Ângelo Mugnol. No mesmo ano, o grupo conseguiu cedência de uma nova área, desta vez por parte do Exército Brasileiro. Então, a segunda sede do centro de tradições gaúchas passou a funcionar na Rodrigues Lima, nº 72, onde hoje está localizada a Capelania Militar. Pouco tempo depois, ainda na década de 1970, o Centro mudou para a sede que ocupa desde então, na rua Barão do Itaqui, no bairro Getúlio Vargas.
O nome foi uma ideia do fundador, como forma de homenagear a força feminina. “Durante os dez anos da Revolução Farroupilha, as mulheres permaneceram fortes, cuidando sozinhas da família e de seu patrimônio, esperando o marido, o pai, os filhos, voltarem. Quando sugeri o nome para o rancho, foi aprovado por aclamação. E essa foi a semente para nomear, depois, o CTG”, recorda.
E a personalidade da mulher gaúcha foi uma das forças motrizes da entidade, que já elegeu duas vezes a Primeira Prenda do Rio Grande do Sul. O tradicional concurso, disputado por mais de 400 candidatas, é reconhecido pelo rigor das sabatinas e provas à que as competidoras são submetidas. A primeira prenda foi Silvia Trombini e a segunda foi Roberta Jacinto, que ganhou a faixa representando o CTG Prenda Minha em 2016.
Atualmente, em sua 15ª patronagem, a cargo de Cleomar Rodrigues Franco, que permanece à frente da gestão até maio deste ano, a entidade conta com cerca de 70 sócios e mais de 80 crianças e jovens ensaiando nas Invernadas Pré Mirim, Mirim e Juvenil.
O patrão da entidade pontua que os CTG’s são o centro da manutenção do tradicionalismo, pois trabalham com crianças a partir dos 5 anos, mostrando a importância de cultivar as raízes, história e tradições. Destaca, ainda, que a participação na rotina dos centros de tradicionalismo é saudável, principalmente quando o incentivo parte de casa, a partir dos pais. “É muito importante o incentivo de pai e mãe porque parte deles levar os filhos para o CTG. A partir do momento em que eles estão lá, nos encarregamos de trabalhar com eles da melhor forma possível”, destaca.
Para celebrar as cinco décadas, a entidade realiza, neste sábado, um super baile com a banda Tchê Guri. A festa inicia às 23h e marca o início do mês de aniversário do Prenda Minha. Interessados podem garantir os ingressos antecipados por R$ 20 e mesas a R$ 100 com direito a quatro convites, a partir das 16h de hoje, no CTG, e amanhã, durante toda a tarde. Mais informações através dos telefones (53) 999 424803 ou 99955 6464.