Cidade
Vigilância em Saúde realiza eliminação de focos de Aedes Aegypti
Várias ações estão sendo realizadas, em Bagé, para o combate de focos Aedes Aegypti, vetor de diversas doenças, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O último levantamento realizado, no final de 2019, contabilizou mais de 900 pontos com a presença do mosquito detectados. Em janeiro deste ano, por exemplo, uma moradora do bairro Jardim do Castelo viajou para o Rio de Janeiro e retornou para o município com suspeita de dengue, mas, após exames, o caso foi descartado. Porém, de lá pra cá, os agentes de endemias intensificaram as varreduras pela cidade.
Segundo o coordenador da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Atenção a Pessoa com Deficiência, Geraldo Leal Gomes, Bagé é considerada, pelo Ministério da Saúde, uma região infestada, mas como não houve nenhum registro da doença, não é permitida a pulverização - também chamado de fumacê. "Estamos realizando a conscientização e eliminação de focos", disse.
Gomes ressalta que as equipes, ao longo do trabalho, continuam tendo dificuldades para acessar algumas residências. Ele salienta que, por ocasião do caso suspeito, foi realizada uma varredura no Jardim do Castelo, num raio de 150 metros, e houve muita restrição dos moradores em permitir a entrada dos agentes. "Precisamos de um esforço conjunto da população", solicita.
O número de focos do Aedes Aegypti, em Bagé, é considerado significativo, visto que, em março do ano passado, haviam sido identificados e eliminados 335 focos. Em todo 2018, 390 amostras foram constatadas. Já no ano passado, mesmo diante do trabalho preventivo, foi confirmado, pela 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (7ª CRS), um caso de dengue em Dom Pedrito. A doença foi registrada em junho, em uma mulher de 39 anos, que, conforme divulgado, contraiu a doença na Capital da Paz. Esse foi o primeiro caso na região da 7ª CRS, em 2019. Em Bagé, não houve nenhum caso da doença.
Mobilização
Para evitar a proliferação do mosquito, cerca de 30 agentes comunitários trabalham no combate. Todos os profissionais são devidamente identificados. Gomes destaca que, neste período de calor e umidade, a Vigilância precisa ser redobrada.
O coordenador pede para que a população coopere com os agentes comunitários. Além disso, ressalta que é importante que os bajeenses não deixem suas caixas d'água sem tampas, tomem cuidados para não deixarem água parada em vasilhas e façam manutenção em suas piscinas, se certificando de que o cloro está em dia.
Para reduzir a proliferação do mosquito vetor das doenças, o Ministério da Saúde aconselha a população a manter ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Outra recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas.
Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é mais um ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular das calhas, com a devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.