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Campo e Negócios

Emater projeta quebra de 21% na safra do milho e 16% na soja

Publicada em 04/03/2020
Emater projeta quebra de 21% na safra do milho e 16% na soja | Campo e Negócios | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
"Situação das lavouras pode ser agravada", assinalou Covatti Filho

A projeção de safra das principais culturas de verão foi apresentada, ontem, em café da manhã com a imprensa, promovido pela Emater, conveniada da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. O levantamento preliminar, feito em todo o Estado durante a segunda quinzena de fevereiro, aponta para perdas decorrentes da estiagem, com maior impacto nas culturas de milho e soja. Os dados da Emater indicam que Rio Grande do Sul deve colher 28,7 milhões de toneladas nesta safra, com valor bruto da produção na ordem de R$ 32,72 bilhões.

"Com expectativa de não termos chuva nos próximos dias, a situação das lavouras pode ser agravada e termos a evolução do status de estiagem para seca", disse o secretário da Agricultura, Covatti Filho, ao lado do presidente da Emater, Geraldo Sandri, e do diretor técnico, Alencar Rugeri.

A estimativa de safra aponta para perdas mais expressivas no milho grão, com redução de 21,2% na produção e 22,3% na produtividade, com 5.991 kg/hectare. Embora a área plantada tenha crescido 1,5% nesta safra, com 783,3 mil hectares de plantio, a produção esperada é de 4,7 milhões de toneladas – 1,2 milhão de toneladas a menos do que a projeção inicial da safra. "Estes dados indicam que teremos que importar cerca de 2,5 milhões de toneladas de milho para suprir a demanda de rações para as cadeias de proteína animal", avaliou Covatti Filho. A análise da Emater considerou 97,3% da área de cultivo.

Para milho silagem, a produção deve cair 20,7%, com 2,6 milhões de toneladas a menos, em área plantada de 334,8 mil hectares. A produtividade estimada pela Emater tem queda de 19,9%, passando de 37.052 kg/hectare para 29.676 kg/hectare. A amostra se refere a 96,1% da área cultivada, que nesta safra foi reduzida em 1%.

Maior cultura de verão do Estado, a soja também está sendo castigada pela falta de chuva. O caso se agrava porque parte das lavouras ainda está em fase de desenvolvimento e enchimento do grão, e a ausência de água pode impactar ainda mais os resultados preliminares divulgados pela Emater. Conforme o estudo apresentado à imprensa, as plantações de soja no Rio Grande do Sul tinham perdas de 16,4% na produtividade e 16,2% na produção em fevereiro. O Estado deverá colher 16,5 milhões de toneladas este ano, contra uma projeção inicial de safra de 19,7 milhões de toneladas.

Conforme o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, a redução na produção das culturas de verão já era prevista no início da safra. “Desde o começo da safra nós tivemos dificuldades no clima. Era uma preocupação constante. A heterogeneidade na circulação de chuvas contribuiu para esses resultados e isso causará a redução de rendimento por parte dos produtores. Mesmo assim, apesar dos números, essa é considerada a quinta melhor safra do Estado, em virtude do incremento acentuado no rendimento de produção dos últimos anos. Por essa razão, nós da Emater, sempre trabalhamos em um tripé de ações, que envolvem a gestão, planejamento e profissionalismo, para avançar em sistemas de produção eficientes, considerando a conservação do solo, uso de tecnologias que minimizem esses impactos, como a irrigação, além das estratégias e políticas públicas que ajudem a mitigar as perdas”, explicou.

O secretário Covatti Filho informou que os dados foram encaminhados à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, para reforçar a necessidade de ajuda federal para atender a uma série de demandas de entidades representativas do agro gaúcho. Os impactos da estiagem, na visão do secretário da Agricultura, devem reforçar a cultura da irrigação no Estado. "Em parceria com instituições financeiras e a partir de ações do programa Pró-Milho RS, queremos agregar muito na área de irrigação, pois estamos vendo perdas significativas que ainda podem ser agravadas", afirmou.

Feijão e arroz
Nas plantações de feijão primeira safra, em uma amostra de 82,9% da área de cultivo, a projeção é de queda de 8,7% na produção, caindo de 62,6 mil toneladas para 57,2 mil toneladas. A produtividade média foi reduzida em 7,54%. Já no feijão segunda safra, com amostra de 82,3% da área cultivada, a produção deve chegar a 34,7 mil toneladas – a Emater não fez levantamento da projeção inicial de plantio de feijão segunda safra.

O levantamento da Emater mostrou que a safra 2019-2020 de arroz deve ter produção de 7,4 milhões de toneladas, número 1,5% inferior à projeção inicial. Com base em amostra que cobriu 99% da área de cultivo, de 944 mil hectares, redução de 1,8% ante o projetado anteriormente, a produtividade do arroz deve se manter estável, com 7.839 kg/hectare, alta de 0,3% sobre a estimativa inicial.

Se confirmados os números apresentados pela Emater, a safra 2019-2020 deve figurar como a quinta melhor safra da história. O ranking das maiores produções dos principais grãos de verão tem a colheita de 2017 como a maior, com produção de 33,6 milhões de toneladas.

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