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Segurança

Líder de facção que atua em Bagé tem maior condenação entre apenados transferidos do RS

Publicada em 04/03/2020
Líder de facção que atua em Bagé tem maior condenação entre apenados transferidos do RS | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Operação começou a ser planejada há um ano

As secretariais da Segurança Pública (SSP) e da Administração Penitenciária (Seapen) deflagraram, ontem, a Operação Império da Lei, que culminou com a transferência, do município de Charqueadas, de 18 apenados apontados como principais lideranças de organizações criminosas gaúchas. Todos foram removidos para penitenciárias federais, fora do Rio Grande do Sul. Entre os detentos removidos, esteve Tiago Rafael Leges Ferreira, de 34 anos, conhecido como Tiago Mochilão, acusado de liderar a facção ZL (Zona Leste). Ele possui, ao todo, mais de 137 anos de pena imposta para cumprir - acumulando o maior tempo total de pena entre todos os transferidos.

A ação envolveu mais 1,3 mil agentes, 306 viaturas, sete aeronaves (seis helicópteros e um avião), além de quatro embarcações. Os 18 ficarão isolados em penitenciárias federais – o destino individual não foi e nem será revelado por questões de segurança.

Quem é Mochilão

Tiago Rafael Leges Ferreira (Mochilão) foi preso em maio de 2009, em uma operação da antiga Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Bagé (hoje Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), acusado, na época, de tráfico de drogas.

Na atualidade, ele já cumpriu 10 anos e 10 meses de sua pena, que é de 137 anos e 11 meses, por 12 condenações, uma por furto, cinco por tráfico de drogas e seis por roubo. A previsão é de que o esgotamento das sentenças só ocorra em 2147.

O bajeense ficou, de 2009 até 2014, no Presídio Regional de Bagé (PRB) e, após, foi transferido para o Presídio Regional de Pelotas, onde ficou até 25 de agosto de 2018, quando foi acusado de ser um dos mandantes do sequestro do empresário bajeense Vando Gasparoni, registrado no dia 19 de agosto de 2018. Foi, então, enviado para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Na época, a mudança de casa prisional foi determinada pelo Juiz da Vara de Execuções Criminais de Pelotas, que acatou pedido do expediente investigatório do Ministério Público de Bagé, em conjunto com a investigação da Defrec, hoje Draco, comandada pelo delegado Cristiano Ritta. O promotor de justiça, Cláudio Rafael Morosin Rodrigues, destacou que essa transferência seria em definitivo. Ontem, porém, Mochilão foi novamente transferido, devido à periculosidade que lhe é atribuída.

Mochilão também foi acusado de ser o mandante do sequestro do empresário, além de ter já sido apontando como o líder do latrocínio que vitimou o tradicionalista, também bajeense, Gilberto Silveira. Além destas acusações, ainda em trâmites, o apenado tem sua extensa ficha de crimes, como tráfico de drogas, latrocínio, roubos a joalherias e ópticas.

A ZL, que seria comandada por ele, segundo a Polícia, foi desarticulada na operação Donatello I (em uma alusão às expressões artísticas utilizadas pelos suspeitos), no dia 21 de julho de 2017, após uma investigação da Polícia Civil de um assalto a uma joalheria bajeense. A facção clonava veículos e se ‘capitalizava’ (conseguia dinheiro) para fazer o tráfico de drogas. Os integrantes do grupo também realizavam assaltos a óticas e joalherias. “Eles tinham toda uma organização. Em 2014, prendemos, em Bagé, alguns membros, na Operação Van Gogh, onde eles planejavam um roubo ao Trilegal. Ainda sequestraram o gerente de uma óptica, no ano passado. A ideia era ficar com ele de refém até o outro dia. Dois acusados foram presos”, destacou, na época, o delegado da Draco, Cristiano Ritta. Nesta ação, foram apreendidas armas, munições, joias, celulares e cerca de R$ 10 mil em dinheiro.

Organização

A facção Zona Leste foi criada no ano de 2016, segundo Ritta, e os membros possuem uma tatuagem com um ZL. “Essa quadrilha se aliou à facção ‘Os Manos’, do Vale dos Sinos, uma das maiores do Estado, com mais dinheiro e maior articulação no crime.

Mesmo detido, Mochilão continuaria atuando e organizando crimes de dentro da cadeia, como o sequestro e o latrocínio de bajeenses. Por esses motivos, a ZL foi alvo de operações da Polícia Civil e Brigada Militar. As informações para as ações da organização seriam, sempre, repassadas por Mochilão.

Império da Lei

O planejamento da Império da Lei teve início há um ano, logo após o lançamento do RS Seguro, no final de fevereiro de 2019. No mês seguinte, o comitê executivo do programa e as instituições envolvidas começaram a estudar a seleção dos alvos da operação por meio da análise de informações de inteligência. Com base nesse trabalho, o Ministério Público e a Polícia Civil encaminharam a representação conjunta, e o Poder Judiciário deferiu a transferência dos 18 líderes de facções do RS para o Sistema Penitenciário Federal.

Para colocar em prática a ação desta terça-feira, o Dia D da operação, foram realizadas seis reuniões de planejamento desde o dia 17 de fevereiro. No dia 20, foi instalado o Gabinete Integrado de Inteligência com representantes de todos os órgãos envolvidos. Esse colegiado monitorou minuto a minuto, desde a Sala de Gestão na sede da SSP, na capital, cada passo da ofensiva.

Na madrugada desta terça-feira, o trabalho teve início às 2h, com a preparação para remoção dos presos que seriam transferidos. Os detentos foram retirados da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) e da Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC) em comboio único. Às 6h, as viaturas da Divisão de Segurança e Escolta (DSE) da Susepe, da BM, do CBM, da Polícia Civil, da PF, da PRF, do Exército e ambulância do Samu partiram das duas casas prisionais para percorrer um trajeto de 4,3 quilômetros, por cerca de sete minutos, até o Parque Adhemar de Souza Farias (Parcão), no centro do município da Região Carbonífera.

Pelo RS, atuaram Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Instituto-Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Ministério Público e Poder Judiciário. A Secretaria da Saúde apoiou com acompanhamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Pela União, a partir de determinação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, para apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), somaram-se esforços de Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Exército, Aeronáutica e Marinha.

 

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