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Ex-funcionários da Comercial de Alimentos Piratini receberão parte do valor das rescisões
Publicada em 09/03/2020
Um dos processos judiciais mais longos aguardados pelos trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região teve um novo desdobramento na semana passada. Na quinta-feira (5), em reunião no salão da entidade, o coordenador do Departamento Jurídico, Álvaro Pimenta Meira, informou a um grupo de servidores da antiga Comercial de Alimentos Piratini que mais um valor devido foi liberado.
O recurso, segundo divulgado, foi obtido junto à 5ª Vara Federal de Porto Alegre, e totaliza cerca de R$ 200 mil. "Aos poucos se está conseguindo pagar a verba rescisória dos trabalhadores que, quando foram demitidos em 1993, não receberam nada", ressalta Meira. O processo tramita na 2ª Vara do Trabalho de Bagé, Juízo onde são expedidas às ordens de priorização do crédito laboral.
O Sindicato nunca descuida dessa situação dos trabalhadores, frisa nota da entidade. O processo da Comercial de Alimentos Piratini tramita há 27 anos. A grande dificuldade é que não existe patrimônio em nome da empresa. Para conseguir os valores referentes aos débitos com os trabalhadores, então, é necessário ir atrás de bens dos sócios. "O que encontramos são execuções em outros juízos, especialmente da Fazenda Pública, onde existem penhoras. Como o crédito trabalhista é mais preferencial, vamos lá, discutimos todo um processo até conseguirmos, no final, que o valor seja revertido pela Justiça do Trabalho", explica Meira. O cronograma de pagamento dos trabalhadores deverá ser estabelecido na próxima semana.
Em 2018, após atuação de Meira, o Sindicato já havia conseguido liberar valores para os trabalhadores. O presidente do STIA Bagé, Luiz Carlos Cabral, agradece à paciência e persistência dos ex-funcionários da empresa e a confiança depositada no trabalho realizado pelo departamento jurídico do Sindicato. "Não desistimos nunca, fizemos diligências e continuaremos na luta para que os trabalhadores recebam o restante do valor a que têm direito", enfatiza Cabral.
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