Foto: Vinicius Reis/Agência ALRS
O presidente Ernani Polo (PP) agradeceu o trabalho executado por Lorenzoni e enalteceu o conhecimento do setor pelo sucessor Edson Brum. Polo, acolhendo a sugestão do deputado federal Alceu Moreira (MDB), anunciou a criação do "Instituto Pensar Agropecuária" na Assembleia Legislativa. Ele também informou a formação do Colégio de ex presidentes da Assembleia, com o objetivo de ouvir opiniões e experiências sobre os problemas atuais. Sobre a situação dos produtores gaúchos penalizados com a seca que se prolonga desde o início do verão, o presidente da Assembleia resumiu em uma palavra: "desesperadora". Para ele, o Estado e a União devem ter várias linhas de ação, procurando atender desde a falta de água para consumo até a renegociação de dívidas.
Ao se despedir da presidência da Frente, o ex-deputado Rodrigo Lorenzoni (DEM) agradeceu o apoio do deputado Edson como vice-presidente. Lorenzoni lembrou as pautas trabalhadas pela Frente da Agropecuária em 2019. Ele destacou o debate a respeito da obtenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação no Rio Grande do Sul e a busca pela agregação de inovação e tecnologia no campo.
Edson Brum (MDB) considerou que o Estado se movimenta a partir da terra. O parlamentar, citando o trabalho conjunto com a Comissão de Agricultura da Assembleia, avaliou que o momento da agricultura no RS é desafiador, referindo-se à crise hídrica que afeta o campo gaúcho. Brum, que já foi presidente da Comissão de Agricultura, admitiu que a falta de uma política de irrigação é um grande erro. Ele disse que com urgência o governo estadual e federal devem estender a mão para quem está sem água para o consumo humano, entre outras ações para minimizar os prejuízos dos produtores rurais. Além da estiagem, Brum elegeu os temas da febre aftosa e a crise do leite como destaques na pauta da Frente neste ano.