Urcamp
Acadêmicos de Gastronomia reproduzem receitas de famílias
Publicada em 12/03/2020
O arroz de leite da avó ou aquela traíra frita que só o pai fazia. Os sabores realmente nos remetem a lembranças que associamos, de forma nostálgica, a algum parentesco, um familiar. E foi justamente esta a ideia proposta pela professora, enóloga e gastrônoma Fernanda Dall Asta, dentro das disciplinas de Prática de Cozinha Riograndense e Enogastronomia.
Na atividade, diferentes aromas tomaram conta do laboratório onde são produzidos aos pratos da primeira turma de formandos do curso de Gastronomia da Urcamp, que prepara cada alimento com fidelidade à receita de família.
A acadêmica Alene Machado, por exemplo, trouxe a receita da avó paterna, um quibe de abóbora que ganhou um toque particular na apresentação. "Acredito que a comida afetiva faça com que a gente refresque a nossa memória da infância, por exemplo, ou de algum lugar. Além disso, a gente fica sabendo um tanto da história que envolve a comida dos outros colegas, isso nos acrescenta muito", justifica. E a abóbora foi também o legume utilizado por Carla Cloque, que apresentou um belo mogango caramelado, como receita de casa. "Acho bárbaro ter essa troca de experiências, faz a gente ter um universo bem mais amplo da gastronomia. Cada um contribui um pouco e a gente agrega conhecimento", resume.
Os pratos escolhidos e confeccionados pelos alunos foram geléia de butiá, geléia de butiá com pimenta jamaica, brigadeiro de butiá, quibe, bolinho de traíra, traíra frita, origone (arroz de pêssego), mousse de butiá, figo em calda, arroz de leite, sagú e doce de abóbora.
A professora conta que a intenção foi ampliar os conhecimentos, utilizando produtos da culinária local. "A ideia é explorar sabores, testar aromas e diferentes texturas", explica Fernanda.
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