Cidade
Uso de máscara cirúrgica deve obedecer recomendação médica
Publicada em 23/03/2020
O protocolo de manejo clínico para o novo coronavírus, adotado pelo Ministério da Saúde, estabelece parâmetros para a utilização de máscara cirúrgica. A orientação é para que o equipamento seja utilizado para evitar a contaminação da boca e do nariz por gotículas respiratórias. A utilização da máscara é recomendada aos profissionais de saúde que atuem a uma distância inferior a um metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo vírus, e a pacientes com recomendação médica.
A infectologista Patricia Tôrres Alves, que atua no Hospital Universitário Doutor Mário Araújo (HU), mantido pela Fundação Attila Taborda (Fat-Urcamp), no Hospital de Guarnição de Bagé (HguBa), e no Serviço de Atenção Integral à Sexualidade (Sais), explica que as máscaras demandam cuidados específicos, salientando que os dispositivos descartáveis, por exemplo, não podem ser reutilizados.
O protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde não recomenda a utilização de máscaras de tecido, sob qualquer circunstância. Patrícia observa que o uso de máscaras, quando não indicado, além de gerar custos desnecessários, pode aumentar o risco de contaminação, porque a manipulação exige cuidados adequados, principalmente no contato da mão com a máscara. A médica reforça que a utilização de máscara não substitui a higiene das mãos e a utilização de álcool em gel 70% como medidas de precaução.
Com recomendação de uso para pessoas com suspeita de infecção pelo coronavírus e profissionais de saúde que vão atendê-las, as máscaras têm diferentes modelos. O mais comum é o cirúrgico. O modelo N95 também tem sido utilizado para conter a contaminação pelo Covid-19. Esta máscara é utilizada apenas por profissionais da saúde, sem indicação para pacientes. A diferença entre os dois modelos é o grau de proteção.
As luvas de procedimentos não cirúrgicos, de acordo com o protocolo, devem ser utilizadas quando houver risco de contato das mãos com sangue, fluídos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir a possibilidade de transmissão do novo coronavírus para o trabalhador de saúde, assim como de paciente para paciente por meio das mãos do profissional.
Solicitação da prefeitura
Em coletiva de imprensa realizada na tarde deste domingo, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, adiantou que a administração municipal vai requisitar máscaras e luvas às clínicas particulares, aos gabinetes odontológicos e aos profissionais liberais, que possuam os equipamentos em estoque. "A prefeitura vai ao encontro para buscar estes materiais, porque precisamos para o suporte dos trabalhadores da Santa Casa e também dos pacientes que lá estão", justificou.
Galeria de Imagens
Leia também em Cidade