MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Fogo Cruzado

Políticos defendem distanciamento social para conter Covid-19

Publicada em 28/03/2020
Políticos defendem distanciamento social para conter Covid-19 | Fogo Cruzado | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Divaldo explica que as autoridades públicas enfrentam dois grandes problemas

Políticos tradicionalmente identificados em posições opostas têm demonstrado opiniões semelhantes diante da perspectiva de manutenção da recomendação pelo distanciamento social, que impõe restrições ao comércio, por exemplo, como forma de conter a disseminação do coronavírus (Covid-19). A medida foi adotada pelo prefeito de Bagé, Divaldo Lara, do PTB, por meio de decreto municipal. A posição tem o apoio, inclusive, do deputado estadual Luiz Fernando Mainadi, do PT, que defende a preservação das determinações em vigor, no sentido de evitar um colapso no sistema de saúde.
Divaldo explica que as autoridades públicas enfrentam dois problemas. “O primeiro é de saúde, e de saúde universal, em que o mundo, o Brasil, o Estado e Bagé estão fortemente impactados. O caso de Bagé é diferente de outros casos, é único no Rio Grande do Sul. A primeira linha de contaminação começou pela saúde. E essa linha de contaminação fez com que a situação em Bagé fosse ainda mais grave e diferenciada”, destaca.
O segundo problema, na avaliação do prefeito, é o econômico, observando a inter-relação entre os dois aspectos. “A economia tem que voltar a recuperar sua atividade e velocidade. Mas como você consegue fazer isso sem primeiro dar segurança sanitária para que a população possa desempenhar suas funções? Como fazer isso? O primeiro problema acarreta diretamente na ação do segundo. Os empreendedores terão dificuldades com seus colaboradores, terão dificuldade com seus clientes, porque a população está fazendo a sua parte e atendendo à recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), do Ministério da Saúde, do governador do Estado e do comitê de crise em Bagé, composto por diversas entidades”, avalia.
Para o chefe do Executivo, Bagé vive 'o momento inicial de um vírus que está matando muita gente em todo o mundo'. “Com todas as atitudes que tomamos, que foram necessárias, e com apoio da sociedade, foi possível conter a expansão indiscriminada do vírus dentro do nosso município. Portanto, entendo que a velocidade do comércio, dos serviços e da economia, deve ser retomada muito em breve, porém com o cenário local mais seguro, para que os colaboradores dos empresários e os clientes tenham segurança para poder desempenhar suas funções, voltar ao trabalho e ao consumo”, reforça, ao esclarecer que a premissa do controle sanitário obedece protocolos de segurança.


'É fundamental cumprir as medidas propostas pela OMS', define Esquerda
O presidente da Câmara de Bagé, vereador Carlos Adriano Carneiro (Esquerda), do PTB, prorrogou, até 13 de abril, as medidas restritivas adotadas no dia 16, suspendendo sessões, viagens e recebimento de diárias para parlamentares e servidores pelo período de 60 dias. A intenção é contribuir para o esforço mantido pelo município para conter a disseminação do Covid-19 e economizar recursos para auxiliar o Executivo com o custeio de ações.
Esquerda afirma que é 'fundamental cumprir as medidas propostas pela OMS, decretos do governo federal, de governadores e prefeitos', o que inclui a orientação para permanecer em casa. “Com base nestas orientações, o poder Legislativo permanece com atendimento on-line, visando o bem estar e a prevenção de novos casos do coronavírus, mantendo a quarentena e o distanciamento social, certo de que havendo a necessidade de aprovação de projetos de relevância aos bajeenses serão avaliados e aprovados em caráter extraordinário”, enfatiza.


'A economia se recupera. Vidas não se recuperam mais', alerta Mainardi
Luiz Fernando Mainardi defende a posição de cientistas e pesquisadores, 'no sentido de que devemos fazer o afastamento e o distanciamento das pessoas'. “Quanto mais a gente estiver separado no convívio social, menos circula este vírus, menos pessoas estarão infectadas, menos os hospitais vão receber pacientes. Com isso, vamos evitar o caos que pode se estabelecer na saúde pública”, relaciona.
Mainardi é enfático ao priorizar as ações de preservação da vida. “Alguns acham que a economia tem que estar em primeiro lugar. Me desculpem, mas não pode. Em primeiro lugar está a vida, depois a renda, depois os empregos e a economia. A economia vai, sem dúvida alguma, ser diferente depois do coronavírus. O mundo vai ser repensado. Os países vão se endividar, mas a economia se recupera. Vidas não se recuperam mais”, pondera.
Ao se associar às políticas de restrições adotadas por prefeitos, Mainardi reforma a orientação para que as pessoas não saiam de casa. “Temos que exigir do governo federal que implemente, o mais rápido possível, as políticas de proteção às pessoas, à nossa economia e às nossas empresas, para que disponibilize recursos de capital de giro. O Brasil vai ter que se recuperar depois. Todos os países do mundo terão que se recuperar depois. Hoje, temos que salvar vidas. Temos que orientar as pessoas a ficar em casa. Não podemos permitir que esse número (de casos do coronavírus) cada vez mais se alastre, que a gente chegue em um pico, onde as pessoas não têm mais aonde serem socorridas”, alerta.


'Todos aqueles que puderem, fiquem em casa', reforça Pimenta
O deputado federal sem domicílio eleitoral em Bagé, que contabilizou o maior volume de votos no município, Paulo Pimenta, do PT, também manifesta apreensão com o avanço do coronavírus na cidade. “Manifesto minha profunda preocupação com o avanço desta pandemia no mundo e com as consequências que ela tratará para o Brasil, nosso Estado, e, particularmente, para Bagé”, especifica.
Pimenta destaca que 'demorou 67 dias para que tivéssemos 100 mil casos (de Covid-19) no mundo, e que para chegar a 200 mil, demorou 11 dias'. “Para chegar a 300 mil, demorou quatro dias e para chegar a 400 mil, demorou 48 horas. Para chegar a 500 mil, foram 24 horas. Na Itália, nos Estados Unidos, na Espanha, no Reino Unido, na China, na Coreia e no Irã, observamos uma evolução geométrica, que não é muito diferente no Brasil No dia 7 de março, tínhamos cinco casos. No dia 16, eram 52. Hoje, ultrapassamos três mil casos. E a cada 54 horas, o número de pessoas infectadas tem dobrado, o que nos permite afirmar que em poucos dias, temos números muito semelhantes àqueles que assistimos de maneira perplexa na televisão”, lamenta.
O parlamentar defende a ideia de que, 'para que possamos reduzir o número de pessoas que vão perder a vida, precisamos observar o que estão fazendo os Estados Unidos, a França, a Inglaterra e a Itália'. “Precisamos de dinheiro para garantir a dignidade das pessoas. Precisamos ter recurso para garantir o crédito aos micro e médios empresários, garantir que as grandes empresas não destruam seus postos de trabalho. Mas tudo isso não pode ser visto como uma contradição, para cumprir as regras sanitárias, que é a única coisa que pode impedir um desastre”, relaciona.
Pimenta menciona, ainda, que, em fevereiro, o governo de Milão, na Itália, apoiou uma campanha (#MilãoNãoPara) para estimular as atividades comerciais, potencializando a circulação de pessoas. “Fizeram carreatas, manifestações e contrariaram as recomendações da OMS. Nesta sexta-feira, o prefeito de Milão, pediu desculpas por seu erro, porque a região da Lombardia (onde fica Milão) agora registra milhares de mortos. Eles erraram por que não acreditaram na doença. Não queremos isso para o Brasil. Há uma única recomendação em que não podemos falhar. Todos aqueles que puderem, fiquem em casa. Essa é a melhor forma de impedi que a tragédia seja ainda ais grave em nosso país”, define. 

Galeria de Imagens
Leia também em Fogo Cruzado
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br