Cidade
Hotéis estimam queda de faturamento em Bagé
As restrições adotadas para conter o coronavírus (Covid-19) altera bem mais do que as paisagem das cidades. Refletindo no cancelamento de viagens, o novo contexto esvaziou os hotéis de Bagé. O setor já registra uma queda de até 100%, em alguns casos, na cidade. Os estabelecimentos integram o decreto de calamidade, editado no dia 19 de março, e estão fechados há mais de uma semana. A dificuldade de manutenção preocupa os empresários.
De acordo com a proprietária de uma das redes, Vórgia Obino, em Bagé, foi exigido o fechamento. Ela ressalta que, em outras unidades da empresa, como em Santa Maria e São Gabriel, os hotéis não foram fechados. Em São Borja, houve fechamento parcial, pois há moradores no hotel. “No geral, o movimento caiu 98%, visto que as pessoas não estão circulando”, relata.
A empresária explica que, em Bagé, o turismo não é de lazer, mas de negócios. “O reflexo é muito grave, porque hotel fechado não tem receita e não se recupera o período”, avalia. Segundo Vórgia, em sua rede de hotéis, foram adotados todos os cuidados, com medidas de proteção para hóspedes e colaboradores que foram aprovadas pela Vigilância Sanitária. “Damos tranquilidade e segurança para quem, por inúmeras razões, é obrigado a viajar”, garante.
O diretor administrativo de outro hotel, Franco Alves, salienta que a rede hoteleira está totalmente parada em Bagé. Ele ressalta que, mesmo se o comércio volte a funcionar nos próximos dias, o impacto para o setor deve seguir até o final do ano. “A epidemia deixa as pessoas com medo de viajar e ir para outros lugares. Até que isso se solucione, o fluxo de pessoas será muito pequeno”, projeta.