Cidade
Advogada coloca cestos com frutas e materiais de higiene na frente de casa para quem precisa
Em meio ao turbilhão de notícias negativas, ocasionadas pelo surto de coronavírus, exemplos de positividade se fazem necessários para que a sociedade encare o momento atual. E, principalmente, em virtude dos impactos econômicos da pandemia, ações sociais são extremamente oportunas. Hoje, o Jornal MINUANO traz o exemplo da advogada Ana Maria Montezano Martins da Silva.
O escritório de advocacia de Ana Maria fica em sua própria residência, próxima à Santa Casa de Caridade. Devido ao fato de ter tido câncer e ser portadora de diabetes, automaticamente, a advogada está inserida no grupo de risco para contágio do coronavírus. Por conta disso, precisa estar em isolamento. “Porém, eu sempre estive envolvida em ações sociais e pensei em algo que pudesse fazer sem precisar sair de casa”, relata.
Então, Ana Maria teve a seguinte ideia: na terça-feira pela manhã, colocou, pendurado na sua grade, pelo lado de fora, dois cestos. Um deles, com frutas e alimentos. O outro, com álcool, sabão, sabonete e demais materiais de higiene. Além disso, deixou disponível uma carta, que dizia que se alguém estivesse passando por algum tipo de necessidade, que deixasse um bilhete.
Em menos de 24 horas, Ana já tinha recebido um bilhete de um morador próximo à sua casa, afirmando que morava com dois idosos e não podia sair de casa. Logo, estava precisando de ajuda. “Isso me emocionou muito. Eu jamais imaginava que teria uma repercussão tão rápida e positiva. Já recebi ligações de clientes e amigos, que não podem vir aqui, pedindo o número da minha conta para depositarem algum valor”, ressalta.
Além dos necessitados, Ana Maria relata que o objetivo da campanha é atingir, também, os trabalhadores que não podem parar e que estão diariamente, se arriscando na rua a se contaminarem com o vírus. “Se cada um fizer algo, podemos amenizar. Temos que preservar nossa saúde e nos cuidarmos. Mas, também, há muitas pessoas trabalhando nas ruas, sejam autônomos, funcionários ou profissionais liberais. Estou pedindo, também, para que as pessoas coloquem, em frente de suas casas, garrafas de água para os catadores. Esse vírus não escolhe raça ou classe social. Ele atinge indistintamente. Quanto mais cuidarmos um do outro, mais força teremos”, conclui.