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Representantes dos setores de comércio e construção civil avaliam impacto do novo decreto

Publicada em 03/04/2020
Representantes dos setores de comércio e construção civil avaliam impacto do novo decreto | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Novo decreto possibilitou a retomada de pequenas obras, com até cinco trabalhadores

Publicado na quarta-feira, o decreto 057/2020 prolongou a suspensão das atividades do comércio até dia 15 de abril. Contudo, uma alternativa foi autorizada como tentativa de diminuir os prejuízos ocasionados pelo fechamento das empresas por mais 15 dias: as vendas on-line ou através do telefone. 
Após uma série de negociações entre a gestão municipal e a entidade de representação de classe do empresariado, a Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), a medida foi autorizada no Artigo 1º do decreto. O texto prevê que “ficam mantidas todas as determinações para o fechamento do comércio (...), à exceção dos serviços considerados essenciais, entretanto, é permitida a venda on-line (e-commerce), utilizando o serviço de tele entrega, com a manutenção do fechamento da loja física, sob pena de multa e cassação do alvará de localização".
Presidente da Aciba, o empresário Pedro Ernesto Capiotti Obino relata que as vendas on-line ou através do telefone já eram um pleito da entidade, com o objetivo de movimentar minimamente a economia em tempos de isolamento social. Contudo, ele destaca que, mesmo assim, a entidade não estima uma grande diferença econômica com as vendas remotas. "Não vai atenuar os impactos da crise econômica, mas vai movimentar o estoque que está parado”, diz.
Obino aponta que antes de colocar as vendas on-line ou por telefone em prática, as empresas deverão se adaptar à esta nova modalidade, já que a grande maioria dos comerciantes da cidade ainda não trabalha neste formato. “Os empresários vão ter que se adaptar para fortalecer esse canal de vendas. Alguns setores tendem a ter adesão maior que outros. Mas, neste momento, é a alternativa encontrada para tentar movimentar a roda novamente, tirar da inércia”, destaca.
O empresário estima que os 11 dias em que o comércio permaneceu parado em março, a partir da publicação do decreto 050/2020, que decretou calamidade pública no município e restringiu a atuação do setor somente aos serviços essenciais, gerou uma perda de 60% do faturamento das empresas afetadas pela medida. Isto porque antes mesmo das portas serem fechadas, o comércio bajeense já sentia uma baixa movimentação, com perda substancial de faturamento.
Agora, com a manutenção da suspensão de atividades por mais 15 dias, Obino teme por um colapso econômico nas empresas, já que o faturamento do mês poderá ser zerado, dependendo do panorama que surgir a partir da segunda quinzena. E adianta que em breve os efeitos devem ser sentidos: “É importante ressaltar o enorme impacto que haverá na folha de pagamento. Muitas empresas não conseguirão cumprir a integralidade da folha, algumas outras não conseguirão quitar nenhuma parte. Para muitos comércios, essa folha será a última paga na integralidade e em dia, com a possibilidade de faturamento próximo de zero que surge”.
Mesmo concordando com as medidas de contenção e enfrentamento do coronavírus na cidade, o empresário destaca que os aspectos econômicos também devem ser levados em conta no momento da tomada de decisões. “As vidas das pessoas vêm em primeiro lugar, mas o impacto econômico na vida de toda a população também deve ser colocado em contexto”, destaca.
Já sobre o decreto publicado pelo governador, Eduardo Leite, também na quarta-feira, o empresário afirma que “medidas uniformes podem paralisar a economia do Rio Grande do Sul”. Para ele, a suspensão das atividades do comércio por 15 dias em todos os municípios gaúchos, sem distinção do número de casos de contaminação por covid-19 registrados em cada um, pode gerar um impacto sem precedentes na economia gaúcha. “A Aciba não concorda com o decreto estadual. Não vemos raciocínio lógico nesta decisão. Os casos confirmados estão concentrados em 53 municípios. Nas outras centenas (o RS registra quase 500 municípios) não há nenhum caso confirmado. Essa medida vai paralisar a economia do Estado e será um choque econômico brutal”, afirma.

Neab aponta retomada de atividades para profissionais informais
O novo decreto emitido pela gestão municipal, que manteve as medidas de restrição ao comércio na cidade já apresentadas nos decretos anteriores, registrou duas alterações. A primeira diz respeito à possibilidade de abertura de lavagens de veículos, desde que estas possuam poços artesianos e utilizem produtos de desinfecção aconselhados pelos órgãos de saúde. A segunda alteração foi a possibilidade de retomar o canteiro de obras de pequenas construções ou reformas, que envolvam até cinco trabalhadores.
O presidente do Núcleo de Engenheiros e Arquitetos de Bagé (Neab), Antônio Luiz Arla da Silva, destaca que vê esta retomada com otimismo, fruto do diálogo dos entes municipais com entidades e empresários que representam o setor da construção civil. “Cerca de 98% do mercado de Bagé é formado por obras pequenas, com até 10 funcionários. Então é bastante significativa esta retomada, pois devolve a atividade para muitos profissionais”, explica.
Sobre esta questão, Arla comenta que os principais beneficiados nesta questão serão os profissionais informais, que trabalham de forma autônoma, sem vínculos empregatícios. “É uma característica de cidades menores, como Bagé, as pessoas contratarem profissionais conhecidos, como pedreiros, eletricistas, pintores, que trabalham por empreitada em obras menores. Então, após as duas semanas sem atividade, esses trabalhadores da indústria da construção civil poderão voltar às atividades”, afirma.
Contudo, a retomada de pequenas obras deve atender alguns critérios referente à higiene e segurança dos trabalhadores. Para atender esta demanda, o NEAB criou um protocolo com todos os cuidados em relação à questão sanitária, adaptável para o tamanho e especificidade de cada obra. “É um modelo de protocolo viável e aplicável nas obras do município, que atende tanto grandes quanto pequenas obras. E é muito importante que os profissionais estejam atentos e adaptados a estes requisitos, já que o modelo de protocolo será utilizado pela Vigilância Sanitária do município para pautar a fiscalização”, explica.
Importante destacar que, para atender a demanda deste setor, os comércios de materiais de construção já iniciaram as vendas on-line ou via telefone deste produtos, que serão entregues no endereço solicitado.

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