MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

Cidade

Com casos registrados em Bagé, pandemias de coronavírus e H1N1 mantêm semelhanças nas ações de contenção

Publicada em 06/04/2020
Com casos registrados em Bagé, pandemias de coronavírus e H1N1 mantêm semelhanças nas ações de contenção | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Atualmente, números maiores de contaminados e óbitos em decorrência de H1N1 podem ser evitados a partir da vacinação adequada

O mês de abril começou tenso, com uma escalada na contagem de infectados e óbitos, em todo o mundo. Como consequência, a população, receosa, passa a recorrer ao álcool em gel e máscaras, convivendo com cuidados sanitários na tentativa de frear o número de transmissões. Poderia ser abril de 2020, com o atual panorama ocasionado pelo novo coronavírus (Covid-19). Contudo, a descrição também se enquadra à cena vivenciada há 11 anos, em 2009, quando o vírus H1N1, ou gripe suína, se espalhou pelo globo terrestre, registrando dezenas de casos em Bagé.
Em abril daquele ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia mundial. Os primeiros casos foram registrados no México, em março de 2009. Em maio, o vírus chegou ao Brasil. Durante a primeira onda do surto, foram registrados cerca de 60 mil casos no país, com mais de duas mil mortes. Nos últimos 10 anos, foram registrados sete mil óbitos relacionados à doença, que se tornou sazonal, mas com possibilidade de prevenção através das campanhas de vacinação.
O vírus também chegou a Bagé. Em 2009, foram registrados 69 casos de contaminação por H1N1 na cidade. Deste total, 33 infectados eram do sexo masculino e 36 do feminino. As informações, fornecidas pelo Ministério da Saúde, indicam que a faixa etária mais afetada pela doença, naquele ano, foi de 20 a 29 anos, com 12 contaminados. Em seguida, menores de dois anos, de 10 a 19 anos, e maiores de 60, apresentaram dez casos, cada faixa etária. Também é possível precisar que o pico da doença aconteceu em agosto, com 32 ocorrências. Nos meses anteriores, junho e julho, foram registrados oito e 14 casos, respectivamente. Em 2009, foi registrado apenas um óbito de um paciente que não chegou a tempo de receber o tratamento adequado.


Experiência na linha de frente
A atual coordenadora do Centro de Operações de Emergência (COE), que comanda as ações de combate ao coronavírus (Covid-19), médica pneumologista da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, Flávia Marzola, também atuou na linha de frente contra o H1N1. Ela relembra que o óbito registrado na cidade foi de um paciente que não buscou tratamento antes da situação se agravar. “O caso foi de um paciente que chegou (ao hospital) e foi a óbito. Não deu tempo de fazer exames, mas como se tratava de pneumonia, ficou por vínculo (associado ao vírus)”, explica.
A médica relembra e compara as situações vivenciadas pelos órgãos de saúde em 2009 e 2020, diante de uma pandemia. “Em 2009, era tudo novo. Não tivemos uma organização prévia, não prevemos necessidade de leitos, como agora. Tivemos uma melhor logística quando iniciamos o ambulatório da gripe, porque conseguimos triar os casos, trabalhar com protocolo. As pessoas não esperavam tanto, tinham um ponto de referência, conseguíamos ter a revisão de 48 horas e acesso imediato ao Tamiflu (medicamento que apresentou alta eficácia no combate ao vírus)”, recorda.
A efetividade do modelo e das ações adotadas contra o vírus em 2009 podem ser sentidas pela redução no número de casos registrados na cidade em 2010. Já sabendo o que enfrentariam, e com a estrutura adaptada para atender à demanda, os órgãos de saúde registraram apenas 11 casos de contaminação por H1N1 no ano seguinte ao início da pandemia, sem nenhum óbito vinculado à doença.
Diferente do atual cenário, em que o principal grupo de risco para o Covid-19 é composto por idosos, a pneumologista recorda que o H1N1, naquela época, era mais agressivo, principalmente, entre gestantes e crianças. “O vírus podia ocasionar situações de casos graves em pacientes sem patologias prévias”, explica.
A médica ressalta que a abertura de um ambulatório específico para o tratamento da doença realmente fez diferença nos índices registrados na Rainha da Fronteira. “Era necessário que o tratamento iniciasse imediatamente após o diagnóstico. Assim, não tivemos óbitos nos pacientes acompanhados”, comemora.
Durante a época crítica, os profissionais da saúde chegavam a trabalhar das 7h às 2h, todos os dias da semana. “Não havia Facebook e Instagram. Hoje, tudo que é feito repercute nas mídias sociais e há necessidade de informações e relatórios diários”, aponta.
Comparando os dois cenários, Flávia analisa que há muitos pontos que foram efetivos em 2009 e que estão sendo aplicados em 2020 com sucesso, como a separação do atendimento de queixas respiratórias de outras patologias, através das barracas de triagem instaladas em frente às unidades de saúde; o monitoramento de casos; o andar específico no hospital para os casos positivados a fim de diminuir a circulação. “Como estamos sabendo dos problemas dos países que enfrentaram o vírus antes, tivemos condições de fazer uma preparação mínima, prevendo maior necessidade de leitos, ventiladores, suporte de UTI”, analisa.
Mesmo com os preparativos, a pneumologista não descarta os fatores-surpresas que poderão ocorrer e fugir ao esquema organizado anteriormente pelas equipes da saúde.” É claro que existirão fatores que irão nos surpreender, mas já conseguimos pensar no modelo de assistência antes debatermos os casos”, adianta ela.

Galeria de Imagens
Leia também em Cidade
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br