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Médicos de Dom Pedrito explicam detalhes do projeto Imunização para Sempre
O prefeito Dom Pedrito, Mário Augusto Gonçalves, antecipou, na semana passada, a criação do projeto Imunização para Sempre. A iniciativa é de autoria dos médicos Silvana Salbego Piemolini Mozzaquatro e Rogério Riet Vargas Tomasi e foi criada como uma ferramenta adicional ao combate do poder público sobre o enfrentamento da Covid-19, o novo coronavírus.
Conforme os médicos, as ações não interferirem ou contradizem as determinações adotadas, até então, em qualquer lugar do mundo.“Desde o dia 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou o estado de pandemia, ou seja, já estamos derrotados no aspecto da contaminação, devendo, portanto, direcionar a atenção para o inevitável embate do organismo com o vírus”, destaca Tomasi.
Por conta disso, os médicos defendem que o isolamento social, no Brasil é a única forma eficaz de “achatamento da curva”, como forma de proteção da capacidade de atendimento da rede de saúde. Dentro desse contexto está o projeto Imunização para Sempre, que visa aumentar o controla das comorbidades, que já é realizado pelas equipes de Atenção Básica em Saúde. A projeção dos médicos é aumentar o percentual de assintomáticos de 80% da população para 90%, e dividir os óbitos de 2% para 1%.
Conforme informações disponibilizadas do projeto, a maior parte dos infectados que necessita de internação e dos óbitos já registrados pelo mundo encontram-se no grupo de risco, que são pessoas acima de 60 anos e com comorbidades (diabetes, hipertensão, asma, problemas pulmonares, cardiopatias, fumantes, imunodeprimidos, depressão), em especial as comorbidades “em descontrole”.
Dicas para melhora do sistema imunológico
Para os que buscam melhorar o sistema imunológico, o projeto aponta que existem dois pilares. O primeiro diz respeito à “educação”, no sentido de melhorar e corrigir os hábitos de vida com boa alimentação, hidratação, bom sono e diminuição do estresse.
E o segundo pilar do projeto gira em torno do trabalho de “controle das comorbidades”. A ação será conduzida pelas Equipes de Saúde da Família, que passarão nos domicílios dos pacientes do grupo de risco para orientação e controle de pressão arterial, glicemia e sinais vitais; orientação nutricional, hábitos saudáveis e diminuição do tabagismo. “Possibilitando, assim, melhora do sistema imunológico dos indivíduos e promoção preventiva da saúde e da vida”, destacam os médicos.
Comportamento pós-pandemia
Em síntese, os médicos pedritenses afirmam que é mediante essa pandemia que o Brasil tem uma “janela de oportunidade” para demonstrar a eficácia do Sistema Único de Saúde (SUS). “É o melhor sistema de saúde que uma nação pode estruturar a fim de realizar o combate de uma doença cujo espectro de alcance numa população também é universal. Portanto, somente por meio do uso providencial e otimizado da Atenção Primária à Saúde (já existente em todo território nacional) poderemos adotar um processo ágil e responsável de transição para a normalidade”, finalizam os profissionais.