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Exportação de carne para China impulsiona balança comercial de Bagé
Ocupando lugar de destaque no mapa de destinos das exportações de Bagé, a China impulsionou o superávit (resultado da diferença entre o valor exportado e a quantia importada) da balança comercial do município no primeiro trimestre do ano, quando alcançou 18 milhões de dólares. A comercialização com o país da Ásia, de acordo com balanço do Ministério da Economia, cresceu 263% no comparativo com o mesmo período do ano passado, representando 11,9 milhões de dólares no período. A carne é o principal produto da pauta, que também inclui outros produtos de origem animal.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a unidade do frigorífico Marfrig, instalada em Bagé, foi habilitada, pela China, para a exportação de carne, em 2019. No primeiro trimestre, com o incremento das exportações, a variação positiva no comércio com o país asiático foi de 8,6 milhões de dólares, na comparação com 2019.
A China responde por 57% das exportações formalizadas por Bagé. Esta participação expressiva na agenda de exportações reflete uma tendência nacional. Boletim divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca que as compras chinesas de carne bovina brasileira aumentaram 124,7%, em 2020, na comparação com o primeiro trimestre de 2019, alcançando o montante de 767,5 milhões de dólares. O contexto, inclusive, refletiu no preço do produto no mercado interno.
O incremento na exportação de carnes para o país asiático, que já havia sido registrado no primeiro bimestre do ano, está associado à busca por alternativas para o suprimento de proteína animal no mercado chinês, cuja produção foi reduzida por conta do avanço da peste suína africana, com os primeiros casos registrados em 2018.
Variação positiva
No primeiro trimestre, Bagé exportou carne, tripas, couros e miudezas. A cidade também exportou arroz, soja, lã e carvão vegetal, movimentando 20,6 milhões de dólares, em operações para todos os continentes, registrando uma variação positiva de 78,6% no comparativo com o ano passado.
As empresas estabelecidas na cidade exportaram sementes e insumos, em operações que totalizaram 2,56 milhões de dólares, uma variação de 117,8% no comparativo com o mesmo período de 2019. Uruguai (com participação de 73,3%), Índia (11,8%) e Turquia (6,4%) são os principais fornecedores.