Fogo Cruzado
Lara cobra agilidade na investigação sobre contratação de laboratório para agilizar exames de coronavírus
A Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa ouviu, em videoconferência, na quinta-feira, 23, o proprietário do laboratório agropecuário contratado pelo Estado para realização de testes de coronavírus (Covid-19). O contrato foi suspenso por tempo indeterminado no dia 17 de abril, dois dias depois de o Ministério Público questionar a escolha de uma empresa que não era do ramo. A convite do presidente da Comissão, Luis Augusto Lara, do PTB, o empresário Toni Machado, proprietário da empresa M & S Produtos Agropecuários, sediada em Pelotas, prestou esclarecimentos aos deputados. Ao final, o petebista solicitou agilidade na investigação sobre a contratação.
De acordo com Machado, sua equipe é formada por doutores em Biologia Molecular, além de farmacêuticos e enfermeiros capacitados. Ele alega que todo o credenciamento para os testes foi ratificado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). “Temos uma cadeia de fornecedores consolidada, e, pela nossa capacidade técnica e velocidade de execução, fizemos uma saga na busca de entidades que pudessem aprovar a testagem para Covid-19. Nosso preço é o menor do que os preços que estão sendo empenhados em Porto Alegre e outras cidades do Brasil”, disse.
Ainda segundo Machado, a estrutura não seria somente a de um laboratório veterinário. De acordo com o empresário, também foi incorreta a divulgação de que o contrato seria de R$ 8 milhões. “O contrato era de até R$ 8 milhões, isso se fossem realizados 250 testes por dia, ao longo de seis meses. Foram feitos apenas 181 testes por R$ 176 cada. Temos material humano e insumos para produzir 4,8 mil testes completos, não é o teste rápido”, afirmou.
Encaminhamento
A agilidade na investigação, solicitada por Lara, é importante 'para que não se perca tempo nem a capacidade de produzir os testes'. “O mundo inteiro tem dificuldades em realizar testes por falta de insumos e o Laboratório pode fazer 4,8 mil testes. Eles possuem os insumos estocados. Por isso, é fundamental que o Ministério Público e o Estado sejam ágeis numa investigação que resultou na suspensão do contrato, para que estes testes sejam feitos”, justifica.
O encaminhamento solicitado pelo presidente da Comissão de Finanças contou com a aprovação dos demais deputados que participaram da reunião virtual: Giusepe Riesgo, do Novo, Mateus Wesp, do PSDB, Fran Somensi, do Republicanos, Fabio Branco, do MDB, Thiago Duarte, do DEM, Silvana Covatti, do Progressistas, e Capitão Macedo, do PSL.