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Bajeense que combateu na Segunda Guerra recebe anistia política do governo federal

Publicada em 02/05/2020
Bajeense que combateu na Segunda Guerra recebe anistia política do governo federal | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Eudo Candiota da Silva integrou 1º Grupo de Aviação de Caça, na Itália

Por Sidimar Rostan

O major-brigadeiro Eudo Candiota da Silva, que combateu na Segunda Guerra Mundial, recebeu anistia política (após a morte) do governo federal, através de portaria publicada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, na semana passada. Natural de Bagé, Eudo Candiota foi reformado em 1964, depois de inquérito instaurado para apurar denúncias da participação de 'militares da Aeronáutica e civis em movimento subversivo de fundo comunista'.
O bajeense tinha 30 anos quando foi incorporado ao 1º Grupo de Aviação de Caça, na Itália, em 1945, atuando em trabalho administrativo, como ajudante e piloto de um B-25C. De acordo com o pesquisador Rudnei Dias, a aeronave, que foi cedida pela Força Aérea dos Estados Unidos ao 1º Grupo de Aviação e Caça, era usada em transporte. Com o término da guerra na Europa, o mesmo avião foi utilizado para resgatar pilotos brasileiros que haviam sido libertados dos campos de prisioneiros.
O 1º Grupo de Aviação de Caça (que tinha um efetivo de 350 homens, incluindo 43 pilotos, usava um avestruz como símbolo e o lema 'senta a pua', como grito de guerra), voou 445 missões, totalizando 5.465 horas de voo em combate, entre novembro de 1944 e maio de 1945. Ao regressar ao Brasil, como oficial de carreira, Eudo Candiota serviu como Instrutor de Voo na Escola da Aeronáutica, Chefe de Esquadrão, Chefe da Estação de Radar em Brasília, Chefe do Estado Maior do Conta e Subchefe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, no governo de João Goulart, deposto por golpe militar, em abril de 1964.


Anistia tardia
Eudo Candiota respondeu a um Inquérito Policial Militar para 'apurar a participação de militares da Aeronáutica e civis em movimento subversivo de fundo comunista, ocorrido nos últimos dias de março e início de abril de 1964, no estado da Guanabara, e em todo o território nacional, na área da Aeronáutica', ao lado de outros 233 indiciados, acusados de revolta ou motim.
Em entrevista ao Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 1983, o major-brigadeiro Francisco Teixeira, um dos indiciados no inquérito, afirmou que Eudo Candiota foi preso no navio Princesa Leopoldina. Teixeira destaca que o bajeense não tinha relação com os militares investigados, não tinha ligações políticas e nunca foi ouvido em depoimento.
Pela atuação na guerra, Eudo Candiota recebeu as condecorações da Campanha da Itália, Campanha Atlântico Sul, Mérito Santos Dumont, Mérito Naval, Mérito do Exército, Medalha Almirante Tamandaré, Mérito da Aeronáutica, Medalha Militar Ouro, a Medalha do Pacificador e a Presidential Unit Citation, nos Estados Unidos. Algumas das condecorações foram revogadas por portarias presidenciais, durante a Ditadura Militar, após a conclusão do inquérito, em outubro de 1964, quando o bajeense foi reformado como major-brigadeiro.
O processo de requerimento de anistia foi aberto em 2002 (três anos após a morte do bajeense), com a regulamentação da legislação federal sobre o assunto. A portaria assinada pela ministra Damares Alves representa uma declaração da condição de anistiado político, aplicada aos militares punidos com a transferência para a reserva remunerada, reformados, ou, já na condição de inativos, com perda de proventos, por atos de exceção, institucionais ou complementares.

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