Cidade
Vigilância em Saúde potencializa fiscalização e orienta uso de máscara e distanciamento em filas
Atuando com cerca de 30 agentes, a Vigilância em Saúde de Bagé vem fazendo um trabalho intenso de fiscalização, orientação, educação e autuação. Desde sábado, o foco passou a ser auxiliar a Caixa Econômica Federal nas filas para o recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 que o Governo Federal disponibilizou para famílias devido à pandemia mundial de Covid-19 (novo coronavírus).
Conforme o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, em entrevista ao Jornal MINUANO, os agentes estão atuando desde às 7h e ficarão auxiliando até o fechamento da agência, quando necessário. “No sábado, começamos este trabalho. Tivemos uma reunião na quinta-feira, com a superintendência da Caixa, e ficamos responsáveis pelo auxílio das filas, organizando o distanciamento e cobrando a proteção com máscaras”, destacou.
Gomes conta que o trânsito foi fechado na quadra da Caixa Econômica Federal (CEF) da avenida Sete de Setembro, para que os beneficiários não fiquem aglomerados em uma grande extensão da avenida, atrapalhando o comércio e a circulação de demais pessoas. “Tivemos já até quatro voltas de fila devido ao grande fluxo de pessoas, mas o atendimento está fluindo, o máximo de espera na fila é de 1h30min, e há também uma fila presencial que a espera é de 20 minutos, para idosos, gestantes, mães com crianças de colo”, completou.
Além da CEF, devido ao pagamento dos aposentados e trabalhadores nesta semana, os agentes também estão auxiliando no distanciamento e fornecendo álcool gel nas filas do comércio em geral. “Para não atrapalhar o fluxo das lojas, das farmácias e também não haver aglomerações, a gente está orientando”, destacou.
O trabalho de auxílio na Caixa, conforme Gomes, permanecerá nos horários de serviço do banco até o final do mês de maio.
Máscaras
Um dos pontos cruciais na orientação e cuidado é o uso de máscaras. O coordenador afirma que quase 100% das pessoas tem circulado com o acessório necessário devido à pandemia. “Muitas poucas pessoas andam sem máscara. A grande maioria já vem de casa, quando precisam a gente fornece, não tivemos autuação neste sentido, pois o decreto é para orientação e educação”, complementou.
Outra situação em que acontece até mesmo autuações e notificações é junto às lojas, acrescenta Gomes. “No comércio, o principal problema é o uso de máscaras. Os funcionários, muitas vezes, não utilizam. Primeiro orientamos e ficamos na fiscalização, mas já ocorreu em um estabelecimento que tivemos que notificar e eles tem 15 dias para recorrer. Estamos tentando sempre conversar, educar e orientar. Caso reincida, então, os agentes notificam e poderão depois até pagar multas que vão de R$ 900 até R$ 50 mil”, declarou.
Com preocupação devido à situação na Serra do Estado, o coordenador ainda destaca que, por enquanto, no decreto municipal, é apenas orientado a usar máscaras, sem multas. “Mas acredito que se persistir, o prefeito poderá mudar e multar. Mas estamos fazendo um trabalho educacional muito eficaz”, enfatiza Gomes.
Estabelecimentos
Desde sexta-feira, após o novo decreto municipal, as igrejas passaram a poder realizar cultos, missas com volume reduzido de fieis, além destes locais, a fiscalização está em academias, madeireiras, cabeleireiros e barbeiros, farmácias, supermercados, lojas de departamentos e roupas, nos dois Centros Integrado de Comércio – CIC (camelôs). Com isso, a Vigilância intensificará o acompanhamento junto a estes espaços, alerta o coordenador. “No sábado já fiscalizamos, tudo correu tranquilamente. É necessário apenas o cuidado, o distanciamento, uso de máscaras e álcool gel”, informa.
Mau cheiro
A equipe da Vigilância em Saúde terminou a investigação do caso que aconteceu na madrugada de sábado de 25 de abril, quando um forte cheiro de carniça, queimada e enxofre, colocou a população em alerta, principalmente na Zona Leste do município.
O coordenador Geraldo Gomes comenta que o cheiro se originou de uns resíduos de uma indústria, que são retirados quase que uma vez por semana. “Acreditamos que devido ao clima seco e altas temperaturas o cheiro se espalhou”, contou.
Gomes ainda reiterou que a equipe do setor visitou as barragens, com uma bióloga, para verificar de o odor tinha a presença de algas como origem. “Não foi lá a situação. Investigamos e concluímos que era essa indústria, que inclusive transporta esse resíduo para adubo de alguns locais. Não é nada tóxico e nem nocivo à saúde”, concluiu, sem especificar, contudo, o local exato.