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Casos de coronavírus no futebol eclodem e retorno é colocado em risco
Nos últimos dias, o discurso para retomada dos estaduais aumentou após a circulação de informações que o calendário voltaria a partir de junho. Tanto que Inter e Grêmio reapresentaram o elenco, entre segunda e terça-feira. Entretanto, se o Gauchão, mais precisamente, tinha possibilidade de ser jogado a partir de junho, a situação passa a ser um pouco mais complicada, com o surgimento de casos de coronavírus na dupla. Agora, para ter qualquer movimento, os clubes esperarão um parecer do Estado, que se pronunciará sobre futebol a partir de um novo decreto. O documento deve ser divulgado neste sábado.
Em abril, vale lembrar, os presidentes de Inter e Grêmio, Marcelo Medeiros e Romildo Bolzan Jr., respectivamente, já tinham sido contaminados com Covid-19. Entretanto, a situação ficou mais emblemática na tarde de quinta-feira, quando o tricolor portoalegrense confirmou três casos no clube. Entre eles, o centroavante Diego Souza, que sequer se reapresentou para os trabalhos em Porto Alegre. Atualmente, o jogador cumpre processo de isolamento social no Rio de Janeiro. Segundo publicado pela assessoria de imprensa do jogador, ele está assintomático e realizou o teste na capital carioca.
Além de Diego Souza, outros dois funcionários do Grêmio testaram positivo para a doença. Ambos foram encaminhados para a quarentena e permanecerão sob monitoramento do Departamento Médico Tricolor. Já os demais atletas, conforme nota do clube, também foram testados, e todos tiveram resultados negativos.
A diretoria reafirmou, ainda, que há possibilidade de que os testes sejam refeito antes do recomeço das atividades. O técnico Renato Portaluppi, que precisou ser submetido, em 2020, a uma cirurgia de arritmia cardíaca, também foi orientado a permanecer no Rio de Janeiro, visto que é considerado como paciente de grupo de risco.
Flamengo tem 38 confirmados
Os números no futebol começam a aparecer em outros estados. O Flamengo, por exemplo, realizou 293 exames, dos quais 38 testaram positivo para coronavírus. Entre os infectados, três são jogadores do elenco profissional, cujos nomes não foram divulgados. Mesmo assim, o rubro-negro carioca busca autorização da prefeitura e governo estadual do Rio de Janeiro para retomar os treinamentos do time.
Dos que testaram positivo para o vírus, 25 são parentes ou pessoas que trabalham na casa de empregados do Flamengo; três são colaboradores terceirizados e seis são do grupo de apoio. De acordo com nota oficial publicada no site do clube, todos os 38 infectados não apresentaram qualquer sintoma, ou seja, são considerados do grupo dos "positivos assintomáticos”. Os testes feitos entre os dias 29 de abril e 3 de maio ainda revelaram que 11 pessoas – entre elas dois jogadores – já têm a presença constatada de anticorpos no sangue.
Os atletas e funcionários acometidos pela doença deverão cumprir a quarentena e serão acompanhados diariamente em casa. Eles só poderão se reapresentar ao trabalho depois de nova testagem e se os resultados forem negativos para a covid-19.
Jorginho foi a primeira vítima fatal do clube
Apesar do desejo da diretoria pelo retorno dos treinos, o falecimento do funcionário mais antigo do departamento de futebol, o massagista Jorge Luiz Domingos, ou simplesmente Jorginho, como era carinhosamente conhecido, ligou o sinal de alerta. Ele se dedicou ao clube por 40 dos seus 68 anos de idade. Ficou internado por duas semanas em um hospital localizado na Ilha do Governador e morreu vítima da doença na última segunda-feira (4).
Com informações da Agência Brasil