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Municípios da região apresentaram menor expectativa de vida do RS entre 2015 e 2018
Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) apontou que a expectativa de vida ao nascer nos municípios que compõem o Conselho Regional de Desenvolvimento da Campanha foi a menor entre os 28 Coredes do Estado entre 2015 e 2018. A região obteve um índice bem menor que a média estadual em relação à variação do crescimento da idade, apenas 0,78% em oito anos, enquanto no Estado foi de 1,72%.
A pesquisa assinada por Marilene Dias Bandeira, pesquisadora da Divisão de Indicadores Conjunturais do Departamento de Economia e Estatística (DEE), aponta que "a expectativa de vida ao nascer (...) é uma medida que está estreitamente associada às condições socioeconômicas de uma região, sendo considerada um dos indicadores mais importantes na área da saúde". Assim, o levantamento cruzou informações do Datasus com o sistema de Secretaria de Saúde do Estado, entre os anos de 2010 e 2018 para estudar a evolução do indicador de mortalidade no Estado. E, neste ranking, a região do entorno de Bagé, na região da Campanha, teve um destaque negativo durante quatro anos seguidos.
Entre os anos de 2015 e 2017, a expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul foi de 76,76. Enquanto isto, na região que abrange os municípios de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Lavras do Sul, se apresentou o menor valor, de 75,02 anos, como expectativa para os cidadãos.
A "lanterninha" voltou a se repetir com os dados que cruzaram informações de 2016 a 2018, com média de idade de 75,08, enquanto no Estado o valor foi de 76,89. Neste mesmo período, quem apresentou maior índice foi o Norte, com idade média de 80,02 entre 2015 e 2017 e 80,10 de 2016 a 2018, abrindo margem de diferença de cinco anos entre Norte e Sul.
Nos anos anteriores a 2015, os municípios da região de abrangência do Corede Campanha já vinham se mantendo abaixo da média estadual. Contudo, nesta época, de 2010 a 2014, o Corede do Vale do Rio dos Sinos apresentava os menores valores.
Contudo, mesmo sendo o menor valor identificado entre as regiões do RS entre 2015 e 2018, a expectativa de vida na Campanha Gaúcha ainda é superior a de 17 estados brasileiros, a maior concentrada nas regiões Norte e Nordeste do país como Maranhão, que em 2018, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentava esperança de vida ao nascer de 71,1 anos, além do Piauí, Rondônia, Roraima, Alagoas, Amazonas, Pará, Sergipe, Paraíba, Tocantins, Bahia, Ceará, Amapá, Goiás, Acre, Pernambuco e Mato Grosso. Já a média de expectativa de vida nacional apresentada na tabulação do IBGE é de 76,3, menor que a taxa do Rio Grande do Sul.
Cenário Regional
Cruzando as informações de todos os Coredes, o Rio Grande do Sul contou com um acréscimo de vida de 1,3 anos entre 2010 e 2018, passando de uma expectativa de 75,59 em 2010 para 76,89. Houve aumento, também, nas médias de idade que cada sexo deve viver. Enquanto os homens subiram de 71,82 para 73,11 anos (com observação de alta mortalidade de homens por causas violentas), as mulheres passaram de 79,31 para 80,65 anos, mantendo um diferencial entre os sexos variando em 7, 5 anos.