Cidade
Restaurantes se adaptam à nova realidade de atendimento
Nesta semana, o Governo do Rio Grande do Sul estabeleceu o novo modelo de distanciamento controlado por causa da pandemia de coronavírus. Neste sistema, para os municípios que se encontram nas bandeiras amarela e laranja, que é o caso de Bagé, foi flexibilizada a reabertura de restaurantes e lancherias para atendimento presencial. Para a retomada dos trabalhos, os empreendedores precisaram cumprir uma série de regras, como a diminuição do número de funcionários e da sua capacidade de atendimento pela metade, além da distância mínima de dois metros entre as mesas.
Conforme o proprietário de um restaurante tradicional em Bagé, Wilson Betemps, que está há 41 anos no mercado, a sensação é de estar iniciando no setor. Ele salienta que a maior dificuldade é buscar a clientela novamente que, segundo ele, ainda está assustada. “Tivemos a diminuição de mais de 70% da receita e foi necessário dispensar alguns colaboradores”, revelou.
O empresário afirma que está funcionando apenas no horário do meio-dia e está seguindo todas as recomendações sanitárias para o funcionamento. Além disso, precisou implementar um cardápio específico para a tele-entrega que, segundo ele, está auxiliando na manutenção da receita.
Outro empresário que está se adaptando é Luis Mario Soares Vidart. Há mais de 30 anos no mercado, ele necessitou diminuir o tamanho do buffet e está tentando trazer a clientela de volta. Vidart salienta que atendia parte do comércio e, com a abertura em apenas um turno, teve que diminuir o número de funcionários. “Estamos cumprindo todas as regras de distanciamento e sanitárias e, mesmo assim, a queda nas vendas foi de 80%”, disse.
O estabelecimento de Vidart conta com dois salões e, segundo ele, apenas um está aberto. Para minimizar os prejuízos, está realizando as tele-entregas. “Embora o funcionamento esteja liberado com as restrições, as pessoas não estão saindo de casa”, enfatizou.
O restaurante de Bauzareti Monteiro também está retomando as atividades aos poucos. O empresário salientou que mesmo com as restrições, conseguiu manter 50% dos clientes e afirma que está contente com o retorno. “Tive que fazer alguns cortes, reduzir o buffet e proporcionar álcool em gel, talheres ensacados e mesas distanciadas, mas mesmo assim me considero feliz”, relatou.