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Diagnosticadas com covid-19, jornalista bajeense e filha dividem a rotina do isolamento

Publicada em 20/05/2020
Diagnosticadas com covid-19, jornalista bajeense e filha dividem a rotina do isolamento | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Larissa está em isolamento com a mãe desde o último domingo

Chefe de comunicação da Prefeitura de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, a jornalista bajeense Andréa Artigas, 40 anos, atuou diretamente nas ações de informação quanto ao combate ao coronavírus naquela cidade. Contudo, mesmo tomando todas as precauções necessárias, de alguma forma entrou em contato com o vírus e testou positivo. Agora, ela e a filha, de 16 anos, que também foi confirmada com covid-19, dividem o quarto de isolamento.
Ela relata que acredita ter ficado suscetível ao vírus, apesar de todos os cuidados, com a intensa carga de trabalho, iniciada em março. Como Camboriú é um município com grande percentual de idosos, cerca de 30% da população, a gestão municipal intensificou as ações de combate ao vírus. "Camboriú é uma cidade vertical, a maioria da população vive em prédios. É uma combinação muito vulnerável: muitos idosos reunidos em prédios, dividindo elevadores, áreas comuns. Por isso foi necessário um trabalho diferenciado, que nos expôs muito. Uma grande força-tarefa", relata.
Como vários membro da equipe, secretários municipais, além do próprio chefe do Executivo, acabaram testando positivo, a jornalista também fez o exame e foi encaminhada para isolamento, na terça, dia 12, ainda sem o resultado, mas com a necessidade de manter distância por ter entrado em contato com pessoas positivadas para covid-19.
Os primeiros sintomas só surgiram na última quinta-feira, 14, quando começou a sentir dor de cabeça no final da tarde. Mas a sexta-feira, 15, foi o momento apontado por ela como o pior, até agora. "Amanheci com uma fraqueza tão grande que minhas pernas e braços não obedeciam minha vontade de levantar da cama. A dor de cabeça, nessas alturas, já era quase que insuportável. Além da sensação de fraqueza e cansaço, fui tomada por um enjoo que me impedia de me alimentar", conta. Neste mesmo dia chegou o resultado do exame, com testagem positiva.
Com a confirmação para coronavírus, solicitou a testagem para a família: o marido, Iasser Laila, 43 anos, e os filhos, Mauricio, 18, Larissa, 15, e Manu, 9 anos. No domingo, 17, chegaram os resultados: Larissa foi a única a testar positivo. "Como não poderia ser diferente, passou a dividir meu quarto comigo. Ela havia apresentado tosse e falta de ar, passou por consulta num hospital municipal. Na avaliação médica, a presença de uma pequena alteração nos brônquios que indicava uma infecção", explica.
Assim, a rotina da casa e dos cuidados com as duas "pacientes" da casa ficou a cargo de Laila, que foi temporariamente afastado do trabalho por ter tido contato direto com casos confirmados. "Como não podemos sair do quarto, ele traz todos os alimentos e deixa na porta, para não entrar no ambiente e nós duas não podemos sair. É ele quem controla os medicamentos que tomamos (Tamiflu, paracetamol e dipirona). Nossas louças, toalhas e outros objetos são separados. Os cômodos da minha casa passaram por uma higienização mais 'power' com muita 'Quiboa' e álcool 70%", relata.
A jornalista ressalta que a doença tem "altos e baixos" de sintomas, que debilitam totalmente o corpo, deixando-o sem energia. "Agora entendo porque os idosos não aguentam. Muitas vezes, a sensação de fraqueza é enorme. Isso que eu acreditava estar na minha melhor performance, pedalo diariamente na ciclovia da Praia Central de ponta a ponta, todas as manhãs e de uns tempos pra cá tomo vitaminas e tenho uma alimentação balanceada que me faziam acreditar estar imune. Minha filha sente menos, mas vejo ela, por horas, abatida. Ela é muito enérgica e por isso dá bem pra ver a diferença", conta.
Agora, Andréa aguarda o resultado do exame da irmã, Luciana, que atua no setor da Saúde e começou a apresentar sintomas. "Ela tem uma bebê de dois anos que ficava na minha casa, enquanto ela trabalhava, porque as escolas de Educação Infantil estão fechadas desde dia 17 de março. Nosso último contato com minha irmã foi quarta, mas creio que a pequenina pode ter carregado o vírus. A sobrinha não sente nada, mas minha irmã apresenta sinais de cansaço corporal, dor de cabeça e indisposição", detalha.
Para Andréa, a solidariedade que tem sentido vinda de amigos, colegas de trabalho, vizinhos e familiares, é um ponto positivo durante o momento de incertezas. "Como jornalista, acompanho o tempo todo o que ocorre no mundo, sei das lições de amor que estamos testemunhando, mas é incrível quando é com você. A quantidade de gente que entrou em contato se oferecendo para ajudar, para dar uma palavra de carinho é enorme e tem nos ajudado a fazer dos nossos dias de isolamento e sintomas muito melhores. Vizinhos e amigos se oferecem para fazer as compras, ir na farmácia, comprar leite. Teve amigos vindo trazer sopinhas, mimos. Tudo ficou difícil com o isolamento, mas com a ajuda de todos temos tirado de letra", garante.
Um aniversário isolado
Hoje, 20, Larissa completa 16 anos. Contudo, esta comemoração será diferente, com as duas em isolamento. Para não deixar o momento passar em branco, a família encomendou dois bolos: um para o pai e os irmãos de Larissa e outro para ela e a mãe celebrarem no quarto, em pleno isolamento, enquanto contatam o restante da família por vídeo chamada. "Não sei como será, mas tenho certeza que para tudo há um propósito e tento olhar as coisas de maneira positiva, pois mesmo com as dificuldades poderemos abraçar uma a outra e guardar esse dia para sempre, em nossas memórias", pondera.

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