Cidade
Aciba avalia primeiros dias de retomada integral do comércio
A retomada do horário integral do funcionamento do comércio em Bagé completa duas semanas. Os empreendimentos ficaram fechados por três semanas consecutivas, após a confirmação do primeiro caso de coronavírus (Covid-19) na cidade, no dia 19 de março. Em abril, a prefeitura autorizou o funcionamento das empresas no turno da tarde, e, devido ao controle aparente do número de casos e aos apelos dos empresários, no dia 12 de maio, novo decreto foi pulicado com liberação de horários em dois turnos.
Na avaliação do presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), Pedro Obino, a abertura ininterrupta (das 8h as 18h) deu mais opções para a comercialização e escolha do melhor horário, de acordo com a estratégia de vendas, possibilitando a adaptação. Mas os empresários ainda enfrentam desafios para se ajustar às mudanças.
Redução de jornada
Obino ressalta que uma das dificuldades é que boa parte dos empresários aderiu à medida provisória federal que permitiu a redução de jornada, e, como a liberação das 8h às 18h é ininterrupta, há uma grande limitação em conseguir trabalhar nos dois turnos. “Se fecha ao meio-dia, não pode reabrir no mesmo dia, e isso ainda gera dificuldade no sentido de composição de horário. A carga horária corrida é de seis horas, e isso ainda requer alguns ajustes para tornar uma normalidade ainda maior no comércio”, ressalta.
Adesão às medidas
Para a abertura, comerciantes e população precisam cumprir medidas sanitárias permanentes de enfrentamento à Covid-19, como distanciamento social, evitar aglomeração e uso obrigatório de máscara para deslocamento nas ruas. A empresa precisa disponibilizar álcool em gel para funcionários e clientes, além de manter o ambiente arejado e higienizado com frequência, com horários e setores diferenciados para os grupos de risco.
O empresário destaca que a prefeitura realizou uma série de testes no comércio, através dos quais pode ser conferido os resultados de controle da propagação do vírus. “Isso dá tranquilidade para seguir o trabalho. Na área de saúde, a cidade está bem estruturada para não sofrer nenhum grande impacto com o vírus”, avalia.
O presidente informa que a fiscalização tem ocorrido de maneira normal e muito tranquila por parte da prefeitura e se dá, principalmente, na forma de orientação. Ele enfatiza que tanto a população como os comerciantes aderiram às medidas de segurança e estão se acostumando com esse novo modelo, que prima pelos cuidados para evitar a propagação do vírus.
Estratégia de fiscalização
De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Leal Gomes, durante este período de abertura integral do comércio, não foi registrada nenhuma irregularidade. Ele salienta que todos os comerciantes estão cumprindo as normas sanitárias, bem como a população. “O fluxo melhorou e não está havendo aglomerações”, disse.
Segundo Gomes, 70 pessoas estão atuando na fiscalização, sendo 40 agentes de Saúde e 30 da Vigilância. Os fiscais estão trabalhando nos turnos da manhã, tarde e noite. A partir desta semana, como inicia o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, os fiscais estarão nas ruas, medindo temperatura da população, e também nos comércios. “Já realizamos a vacinação e testes rápidos por amostragem”, comenta.