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Serviços de tele-entrega têm crescimento de mais de 100% em Bagé
O segmento de entrega por 'telemoto' foi um dos setores que mais cresceu devido à pandemia da Covid-19. Muitos teletaxistas cadastrados podem oferecer o serviço e outros, por sua vez, trabalham somente com entregas específicas para estabelecimentos. Desde março, quando foi publicado o primeiro decreto de calamidade, em Bagé, alguns profissionais registraram mais de 100% no número de entregas.
Uma empresa cadastrada para realizar este tipo de serviço, teve que contratar mais quatro profissionais devido à alta demanda. Conforme o proprietário, Leonardo Garcia Noda, de 43 anos, que realiza este tipo de trabalho há 14 anos, houve um crescimento de mais de 70% no número de entregas. Ele presta serviço para uma rede de supermercado, e como foi preciso adaptação, parte dos clientes preferiu fazer pedidos on-line e receber a mercadoria em casa. “Antes, fazíamos cerca de três mil entregas mensais, hoje são em torno de cinco mil”, ressaltou
O mesmo caso aconteceu com um telefretista que presta serviço para uma pizzaria. De acordo com Brunaldo Medeiros Garcia, de 30 anos, no início do decreto, a empresa que presta serviço resolveu fazer promoções para a entrega em casa. Ele conta que, com isso, o aumento no número de entrega superou os 100%. Hoje, como a situação está mais normalizada, as pessoas estão indo até o local buscar o produto. “Hoje fazemos em média 15 entregas diárias, mas no começo dobrou esse número”, ressalta.
O mototaxista e fretista Alexandre Moura Moreira, que presta serviço para uma lancheria e uma farmácia, destaca que registrou um aumento de mais de 100% nas entregas. Ele informa que baixou o valor da entrega em R$ 1 e, com isso, a demanda cresceu bastante. Moreira explica que os mototaxistas, dentro da legislação, podem fazer pequenas entregas, mas os motofretistas não podem carregar passageiros. “Chegamos a fazer, em média, 30 entregas diárias”, comenta.
Conforme o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana (SSM), José Carlos Nobre, o número de mototaxistas regulamentados em Bagé se mantém em 250, distribuídos em 14 pontos. Ele ressalta, contudo, que, em virtude da pandemia, muitos deram baixa por não ser possível realizar as fiscalizações e com isso se manteve o mesmo. “Hoje, estamos orientando os profissionais a se regulamentarem junto à pasta e, após a liberação e retorno de alguns servidores que estão afastados por serem do grupo de risco, devemos retomar as fiscalizações”, destaca.