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Esportes

"Tenho certeza que deixarei o Bagé melhor do que assumi", declara Rafael Alcalde, após anunciar que cogita deixar o cargo

Publicada em 30/05/2020
Acordo com Trindade (à direita) durou 18 meses

O presidente do Bagé, Rafael Alcalde, confirmou o fim da parceria com a RCB Empresarial, capitaneada por Rodrigo Trindade. Ambos tinham cooperação desde janeiro de 2019, para investimentos na estrutura e no futebol. Ao todo, foram 18 meses de trabalho. O motivo, segundo o mandatário jalde-negro, se deve exclusivamente em razão da crise econômica que envolve o futebol e o país como um todo.
"Tudo que tiver a meu alcance o Rafael sabe que poderá contar. Hoje, os recursos estão escassos e não vejo em um futuro breve a possibilidade de montarmos equipes competitivas. Foram 18 meses maravilhosos aqui no Bagé. Entre altos e baixos, o saldo com certeza é positivo. Vamos ver o que o futuro aguarda. No momento nunca vivi uma crise tão grave de escassez de dinheiro circulante" declarou Trindade, em nota enviada ao Jornal MINUANO.
Além disso, Alcalde também antecipa que convocará uma reunião extraordinária do Conselho e de toda diretoria para o dia 15 de julho. A intenção dele é entregar o cargo. Contudo, garante que permanecerá trabalhando no clube.

Da saída da Terceirona ao pênalti não marcado

Em seu quarto mandato à frente do Grêmio Esportivo Bagé, Alcalde considera que a atual temporada é mais difícil que lidou. Até mesmo superior a de 2017, quando o time ainda ocupava a Terceirona gaúcha. "Desde 2017, quando lutava na maldita Terceirona, até hoje, na Divisão de Acesso, sendo um dos protagonistas no campeonato, certamente houve uma mudança visível na história do Bagé dos últimos 25 anos. Além da estrutura do clube ter tido um avanço significativo. O Bagé é o clube do povo, o clube da massa, e com essa ideia que desde 2016, quando comecei ativamente no clube, a intenção sempre foi fomentar a presença do torcedor. Em 2017, com trabalho magnífico, na entressafra, entre o fim da Terceirona até o início de 2017, do Ducos, conseguimos montar uma bela equipe", avalia.
Sem mais o peso de um dos clubes mais tradicionais do Estado estar na Terceirona, o Bagé pôde iniciar, em 2018, um novo projeto. Na primeira temporada pós-retorno à Divisão de Acesso, a diretoria trouxe o técnico Carlos Moraes, que hoje comanda a casamata do Esportivo, campeão do Acesso no ano passado. Entretanto, Alcalde alega que sentiu sozinho em alguns momentos da campanha, que encerrou na primeira fase. "Contratamos um excelente técnico, mas fiquei completamente isolado na direção. Começamos bem, com bons públicos, mas, na reta final, não encontrei parceiros para fazer a diferença nas últimas três contratações (os que são permitidos no returno, vindo da série A gaúcha). Acabamos ficando de fora do mata-mata por saldo de gols. Foi uma grande decepção", contextualiza.
No segundo semestre de 2018, o Bagé apostou na permanência de Carlos Moraes para a Copinha. Porém, no meio da primeira fase, após campanha instável, o treinador foi demitido e o auxiliar, Michel Neves, assumiu o comando. A equipe ganhou um novo gás e chegou às oitavas de final. Porém, foi eliminada para o Inter-B, com um polêmico pênalti não marcado nos acréscimos. "Seguimos modestos , já com um embrião de parceria na Copinha de 2018, em que fomos eliminados num dos mais escandalosos pênaltis não marcado visto, sofrido por Telê", ressalta.

O novo projeto e os problemas internos

Para 2019, a intenção de Alcalde era não permanecer na presidência. Contudo, devido à parceria com a RCB Empresarial e a visualização de um novo projeto para o Bagé, permaneceu no cargo, regado às "boas novas" que estavam por vir. Entretanto, mesmo com recursos, Alcalde teve que lidar com as divergências internas, entre lideranças antigas com o novo parceiro.
Na Divisão de Acesso, o clube chegou até as quartas de final, sendo eliminado pelo Glória. Na Copinha, também foi até as quartas de final, mais uma vez diante do Inter-B. "Conseguimos mobilizar uma presença de público sensacional. Novamente houve um afastamento de lideranças de outrora do Bagé. É uma pena, pois arestas se aparam e o sucesso do Bagé deve sempre ser o objetivo final. Quase subimos, foi por pouco. Na Copinha, montamos um elenco enxuto e muito bom, graças ao Badico e novamente fizemos uma excelente campanha", relembra.
Já a temporada de 2020 simbolizava o ano do centenário do clube. Porém, já no primeiro mês de pré-temporada, houve turbulências, com a saída de Badico e a chegada de Arilson. E nas três rodadas realizadas da Divisão de Acesso, dois empates e uma derrota em casa para o São Paulo-RG, por 3 a 1. "Tínhamos um elenco bom. Não havia encaixado ainda, mas no último jogo, em Santa Cruz (contra o Avenida), o Arilson já conseguiu dar uma cara competitiva ao time. O jogo contra o São Paulo, em casa, foi a pior apresentação do Bagé que presenciei como presidente. Porém, iríamos ajustar e começar a recuperar os pontos. Tenho certeza", aponta.

Impactos na vida pessoal

Com a chegada da pandemia, os impactos foram diretos nos negócios pessoais de Alcalde e Trindade, assim como no funcionamento do Bagé, como o bar, loja e quadra sintética. Isso sem citar a ausência dos jogos, o que gerou uma grande falta de arrecadação. Com base em todo o contexto, desde que assumiu até os fatos atuais, o entendimento de Alcalde é que seu ciclo encerrou como presidente. "Por essa razão, estou convocando reunião extraordinária do Conselho e de toda diretoria para de julho, para definirmos os próximos passos do jalde-negro. Creio que meu tempo esgotou à frente da agremiação. Mas sempre estarei ao lado. Fiz o máximo que pude, dentro das minhas limitações de tempo. Longe de ser o ideal, mas não me escondi e coloquei a cara a tapa. Tenho certeza que, em 15 de julho de 2020, o Bagé estará melhor do que quando assumi em 1º de janeiro de 2017, com uma estrutura muito boa e na Divisão de Acesso. Focarei meus esforços para organização da festa dos 100 anos, em 31 de outubro de 2020. O futebol deverá ser repensado na reunião", enfatiza.
Numa análise final, Alcalde avalia que, por mais dificuldades que houveram, o que é natural num clube do interior, acredita que o saldo é positivo. "Esses três anos e meio foram muito intensos, com prejuízo de convívio familiar, mas plenamente satisfatório e prazeroso. Continuaremos sempre ao lado do Bagé e ajudando na medida do possível. Hoje, o Bagé deve muito ao meu amigo Rodrigo Trindade. O que ele fez pelo Bagé, nesses 18 meses, raramente encontraremos alguma pessoa que faça em outro local. Um amigo que conheci no futebol e levarei pela vida", frisa.
O mandatário jalde-negro também ressalta as amizades que foram proporcionadas pelo futebol. "Esse período fez ressurgir com força o futebol na nossa cidade, com grande mobilização em ambos os lados. Além do Rodrigo, fiz nesse período muitas novas amizades, que seria impossível nominá-las. Mas, ao mesmo tempo, inimizades de forma mais tola e infantil de ambas as partes. O esporte é para unir, se divertir, celebrar. Num campeonato de 16, teremos dois com sucesso e 14 com insucesso. É muito difícil. Mas é o jogo, simplesmente um jogo. Nunca podemos ser inconsequentes e levarmos para o lado pessoal. Esta é outra razão que me afastarei da liderança, a fim de construir apenas amizades", dispara.

Porta aberta para o futuro

Mesmo com o desgaste, Alcalde garante que pretende voltar, em outro momento, a ser presidente do Abelhão. "Tenho certeza que voltarei a presidir o Bagé. Quando? Ainda não sei. Ser presidente de um clube de futebol é para fazer sempre futebol. Jogar todos calendários. Ser presidente e não jogar é muito egoísmo, é privar o torcedor de campeonatos. Por esta razão, não tendo condições de fazer futebol é que deixarei à disposição para quem queira participar do campeonato, que poderá, provavelmente, ser de portões fechados", conclui.

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