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Agronomia da Urcamp: 50 anos ligados ao desenvolvimento da Campanha Gaúcha

Publicada em 06/06/2020
Agronomia da Urcamp: 50 anos ligados ao desenvolvimento da Campanha Gaúcha | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Meio século ligado diretamente às demandas da região é a principal marca que sustenta o trabalho do curso de Agronomia da Urcamp. As atividades desenvolvidas dentro do ambiente acadêmico são tratadas como referência no sentido de formar profissionais garimpados, para o segmento do agro, e de atender à produção rural, que pauta significativamente à economia da região da Campanha. Em 2020, mais especificamente em dezembro, a graduação completa 50 anos. E mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia, as comemorações não foram interrompidas; apenas se adaptaram ao modelo atual, de virtualização das aulas. Então, o trabalho segue a pleno vapor.

Alcance de público nacional

Entre terça e quinta-feira, houve o I Circuito Agronomia Urcamp 50 anos. Nos três dias, foram realizados encontros com profissionais renomados, tudo mediante plataforma Google Meet. No primeiro dia, o evento contou com a palestra “A conservação do solo: mitos e verdades”, ministrada pelo Dr. Edemar Streck (Engenheiro Agrônomo da Emater) e com o convidado Vinicius Ottoni (produtor rural e Técnico Agropecuário). No segundo, a abordagem foi sobre “Gestão ou Tecnologia – onde investir?”, com o Mestre Vinícius Paiva (Consultor Empresarial) e o Dr. Danilo Sant’anna (Pesquisador da Embrapa CPPsul ). E no terceiro e último dia, “Nichos mercadológicos para arroz irrigado”, com o Dr. Elbio Treicha Cardoso, da Embrapa Clima Temperado. A atividade também contou com a transmissão da WebTV Cajui.
Segundo a coordenadora de Agronomia, Elianinha Silveira, o evento já estava no planejamento desde o ano passado. Com a chegada da covid-19, adaptou o modelo para o sistema virtual. “Seguimos com o evento para mostrar o potencial do nosso curso e de que é possível fazer um evento de grande alcance, ainda que de maneira remota. Esse foi o nosso principal desafio, manter as comemorações dentro de um novo formato, em que todos possam assistir de vários locais, com presença de muitos produtores e alunos principalmente. Isso permite convidar palestrantes e profissionais nacionais e internacionais. Tivemos participantes de Rondônia, Minas Gerais, Santa Catarina e Uruguai. É um modelo que veio para ficar, isso está bem claro. Estamos organizando o segundo circuito de palestras para o início de julho”, adianta.

Integração com a comunidade

Estar comprometido com o desenvolvimento regional é a ideia que serve como base para elaboração dos trabalhos práticos com o alunos. Conforme Elianinha, para que muitas situações sejam viabilizadas, há a necessidade de parcerias com o setor privado. Nesse sentido, a Agronomia possui várias parcerias. “Trabalhamos muito na Fazenda Escola, com a empresa C.Valle e Biotrigo Genetics, também estamos atuando na área de forrageiras com a Sempre Sementes, do Paraná, para nossa Área Experimental. O curso não parou nunca; o agro não para. Apenas tomamos cuidado com as medidas de segurança. Até semana passada, fizemos atividades de apicultura com os alunos, por meio de rodízio para colher o mel, que é uma produção acadêmica. Também estamos em contato com a Embrapa Pecuária Sul, uma grande parceria, e alinhando com a Embrapa Clima Temperado de Pelotas”, ressalta.

Atualmente, a Agronomia conta com mais de 200 alunos. Na visão da coordenadora, um dos diferenciais do curso é o novo modelo de ensino da Urcamp. O método consiste em proporcionar com que os estudantes resolvam demandas reais da comunidade, através dos projetos integradores. No caso da Agronomia, uma das ações mais recentes diz respeito ao atendimento de produtores rurais de Hulha Negra, para uma melhor produção de moranguinhos. Isso por meio do Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal (Intec) da Urcamp. “Estamos iniciando a produção através de cultivo em vitro. Também através do projeto integrador demandas de escolas municipais na área de solos e botânica. Formamos profissionais éticos, capazes de estarem na linha de frente. Nossos alunos realizam estágios na Urcamp, em diferentes áreas, saindo pronto para o mercado de trabalho”, argumenta.

Corpo docente formado na própria Instituição

Outro argumento exposto por Elianinha é a experiência de estar ligado com a produção local. De acordo com a Coordenadora, 90% do atual Corpo Docente da Agronomia é formado na Urcamp. “Temos o laboratório mais antigo de Análises de Sementes e de Análise de Solos. Agora reiniciamos as atividades do Laboratório de Biotecnologia Vegetal, com produção de mudas matrizes de morangueiro por cultivo in vitro, em breve mudas de plantas ornamentais e frutíferas. Em relação à novos projetos, teremos, no Intec, uma sala de reuniões em que receberemos os produtores para ajudarmos em suas demandas. Além de formar campeões do agro nosso objetivo é ajudar a aumentar a produtividade da região e buscar a diversificação das propriedades rurais”, pontua.

Por todos esses motivos que Elianinha atesta à relevância desses 50 anos da Agronomia para a comunidade local. “É o setor mais importante. Nesse período da pandemia, o agro nunca parou; nem tem condições de parar. Todo alimento passa pela mão do Agrônomo até chegar na prateleira. Me sinto uma coordenadora realizada, com um grupo de professores alinhados com o trabalho em equipe. Estou no meu segundo mandato e pretendo, sim, seguir na Coordenação”, completa.

Um breve histórico

Professor mais antigo do curso e que já atuou durante 14 anos na coordenação, Derli Siqueira conta que o estudo da Agronomia, em Bagé, teve início em dezembro de 1970, ainda na Faculdades Unidades de Bagé (FunBa), como uma extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A demanda evoluiu e, em 1980, houve a implementação completa e o reconhecimento da faculdade pelo então Ministério de Educação e Cultura.

De acordo com Siqueira, a ideia de criação de um curso na área das Ciências Agrárias levou à elaboração de um convênio entre FAT-FunBA e a UFSM. “Assim, iniciou o funcionamento dos cursos de Agronomia, por três semestres, e Medicina Veterinária, por quatro semestres, garantindo-se vagas para os alunos concluírem os cursos em Santa Maria. Os alunos cursavam os primeiros semestre no Prédio Central da FunBa, concluindo os seus últimos semestre junto ao Campus da UFSM (Camobi) em Santa Maria”, conta.

O amparo legal para o início dos cursos, em Bagé, foi dado pelo Ato de Autorização – Parecer n° 611/69, de 7 de agosto de 1969. Os dois cursos funcionaram, inicialmente no Campus Central da FunBa. Este convênio se prolongou até 1977, quando a FAT adquiriu, junto ao Governo do Estado, uma área rural de aproximadamente 400 hectares, onde funcionava a Escola Agrícola Assis Brasil e que futuramente passaria a ser designado como Campus Rural. A partir deste momento, a então FunBa passou a oferecer os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária em Bagé, de forma integral.

Atualmente, o curso de Agronomia conta com uma estrutura funcional, laboratorial, zootécnica e agrícola, existentes no Campus Rural, para a realização de suas atividades acadêmicas, de pesquisa e de extensão. Também, usufrui da estrutura pessoal e material do Intec, que dá suporte para a pesquisa e a análise de trabalhos nos segmentos relacionados à reprodução vegetal, e o Laboratório de Microvinificação, sendo o primeiro laboratório do ramo instalado na Campanha e Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, cujo objetivo é avaliar o potencial vinífero das uvas produzidas nestas regiões. “A identidade do Curso de Agronomia oferecido pela Urcamp é resultante da sua localização regional e do meio rural; da interação de seu elemento humano (docentes e discentes, profissionais experientes, graduados e pós-graduados); dos setores de produção regionais; de sua infraestrutura; das atividades de pesquisa e extensão desenvolvidas; da integração com a comunidade e pela busca contínua do aperfeiçoamento e da adequação curricular às necessidades regionais. Desta maneira, o curso de Agronomia desempenha seu papel no ensino, integrando esforços e reunindo condições para a formação de profissionais responsáveis pelo setor produtivo, críticos no contexto social e econômico, conscientes de sua responsabilidade comunitária”, finaliza.

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