Esportes
“Senti naquele dia que o amarelo e preto não iria mais sair de mim”, relata Capitão Rocha
Publicada em 06/06/2020
O curso de Jornalismo da Urcamp, em parceria com o Grêmio Esportivo Bagé, prepara uma série de entrevistas com personagens que tiveram história com a camisa jalde-negra em seus 100 anos, cuja celebração acontece no dia 5 de agosto. A atividade integra os projetos integradores da plataforma Sou I. O primeiro episódio envolveu o ex-meia esquerda Renato Lima Saraçol. Nesta edição, a bola da vez é o famoso capitão Paulo Roberto da Silveira Rocha.
O defensor atuou no Bagé entre 1971 e 1979, quando encerrou precocemente a carreira. Natural de Porto Alegre, hoje com 68 anos, ao relembrar daquela época, conta sobre a importante decisão ao sair de sua cidade natal para Bagé, de "ir para longe ou abandonar o futebol". Porém, a adaptação foi rápida, visto que a maioria dos atletas morava na concentração, e logo criou-se um grupo unido.
Quando lembra dos feitos da época, sempre traz o nome do treinador Paulo de Souza Lobo (Galego). "Disputávamos a elite do futebol gaúcho, com o campo sempre lotado, torcedores entusiasmados e uma direção de pessoas corretas e que trabalhavam diariamente pelo clube", relata.
Anos de sucesso que renderam vários títulos, como bicampeonato da chave três (acesso ao Gauchão), citadino e os títulos da Copa Cícero Soares e Copa Governador do Estado, em 1974. "Ganhamos por 1 a 0, com gol do Derli, num Ba-Gua no campo do Guarany. Pouco se fala que ganhamos no campo deles. Foi um título no qual ao final do primeiro turno, estávamos em 13º lugar. Fomos nos reabilitando e chegamos à final. Foi uma loucura, houve invasão de campo, fomos carregados e desfilamos na avenida principal da cidade. E ao chegar no campo, a festa seguiu", comenta.
Quando foi escolhido como capitão, reconheceu sua importância dentro do clube. "Isso me dava uma responsabilidade maior e sempre tentei liderar através do exemplo, pois acho que é a melhor maneira de sermos respeitados e motivarmos uns aos outros", observa. Contando histórias da época, Rocha lembrou de outro Ba-Gua, em que um adversário ironizou dizendo que as camisetas do Bagé nem distintivo tinham e após o Bagé vencer o jogo com um gol seu, ele foi até o jogador e disse que o distintivo deles estava embaixo da camiseta: era o coração. "Senti naquele dia que o amarelo e preto não iria mais sair de mim", ressalta.
Rocha ainda ressaltou a importância dos torcedores. "Eu não jogava para mim, e sim, por eles", dispara. Por fim, destacou que uma de suas maiores alegrias foi ver seu filho, Tiago Rocha, vestindo a camiseta jalde-negra e se dedicando ao máximo por anos. Atualmente, Rocha mantém um blog (http://rochacapitao4.blogspot.com/), onde relembra momentos da carreira e fala sobre a história do Grêmio Esportivo Bagé, com fotos e recortes de jornais.
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