Segurança
Bagé ainda aguarda implantação do monitoramento eletrônico
O sistema prisional do Rio Grande do Sul atingiu nessa semana, uma marca histórica. No meio da tarde de quinta-feira, o software que monitora as novas tornozeleiras eletrônicas, cujo processo de implantação foi iniciado há um ano, chegou a cinco mil presos monitorados. “Essa é uma vitória da perseverança e do planejamento bem estruturado e, especialmente, do engajamento e da dedicação de nossos servidores", comemorou o secretário da Administração Penitenciária, Cesar Faccioli. Além de expressiva, a marca cumpre uma das metas estabelecidas pelo atual governo. O contrato das novas tornozeleiras, com tecnologia suíça, prevê um total de 10 mil equipamentos instalados, ao custo de R$ 40 milhões.
Em Bagé, de acordo com o Delegado adjunto penitenciário, Eduardo Berbigier há um projeto de implantação, já na Vara de Execuções Criminais, de ser instaladas 100 tornozeleiras em breve, em um primeiro momento. “Na região já temos 160 em monitoramento, em Bagé esta em fase de análise, tudo esta planejado, aguardando alguns ajustes com a promotoria e o poder judiciário. No projeto inicial é destas 100, podendo atingir até 200 tornozeleiras na Rainha da Fronteira”, complementou dizendo que o delegado regional penitenciário, Ricardo Morais esta trabalhando nesse projeto.
O diretor do Presídio Regional de Bagé, Alessandro Severo destaca que em Bagé, apenas um apenado é monitorado, por outra Vara de Execuções Criminais.
Monitoramento
Meticulosamente administrado pelo agente Éberson Trindade, chefe da DME (Divisão de Monitoramento Eletrônico), o processo de implantação das novas tornozeleiras foi totalmente remodelado, a partir da divisão em regiões. Uma das novidades foi a implantação do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico da 6ª Região, que contou com o auxílio financeiro do Judiciário Gaúcho. “Quando começamos a migração para o novo sistema, tínhamos menos da metade deste total de presos monitorados”, recorda Éberson. “Hoje temos um sistema pioneiro no Brasil, com tecnologia suíça e ainda somos o único estado com este tipo de equipamento”, complementa.
Além de eficiente e de o equipamento apresentar grande resistência, o sistema utilizado no Rio Grande do Sul é o único que opera com técnicos 2 e 3G. Todos os demais operam somente em 2G.
Futuramente, a ideia é que o processo de monitoramento eletrônico passe a ser unificado, ficando sediado junto ao local onde irá funcionar o Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), cujo projeto se encontra em processo de aprovação pela Prefeitura Municipal da Capital. O Nugesp ficará localizado em área contígua ao terreno onde hoje está situado o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF).