Esportes
Saiba como funcionaria a “Supercopa” proposta pela FGF para o segundo semestre
Não é nem Divisão de Acesso nem Terceirona; tampouco a Copinha. O que a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) propõe, para o segundo semestre, é uma espécie de Supercopa. Em proposta apresentada em reunião virtual, na tarde de segunda-feira (8), a entidade máxima que cuida do futebol gaudério sugeriu à realização de uma nova competição que reuniria as 16 equipes do Acesso e as 16 da Terceirona, totalizando 32. E, consequentemente, anularia a Copinha, que tradicionalmente é realizada na segunda metade do ano.
Agora, para o assunto ir adiante, há a necessidade de aval dos dirigentes. Uma nova conferência em vídeo para deliberar sobre essas questões foi agendada para segunda-feira (15), às 15h. Para explicar melhor qual é a proposta da FGF, o Jornal MINUANO traz detalhes de como funcionaria o torneio.
Mapa dividido em quatro regiões
Para elaborar um formato novo de competição, a FGF dividiu o mapa do Rio Grande do Sul em quatro regiões: Sul, Serra/Vale do Taquari, Metropolitana e Norte. Cada localidade sediaria dois grupos com quatro clubes cada. No total, seriam 32 times em oito grupos. A ideia é facilitar os deslocamentos entre uma cidade e outra e a redução de datas necessárias.
O primeiro colocado de cada chave receberia uma taça e R$ 120 mil em dinheiro. Depois, os vencedores de cada grupo disputariam o título de campeão da região em jogo único, com mando de campo a ser definido por sorteio. E o ganhador da região receberia um novo troféu e mais R$ 60 mil, totalizando R$ 180 mil.
Vagas nas competições nacionais
Posterior a essa fase, os quatro campeões regionais se classificariam para uma nova competição, com participação, também, de clubes do Gauchão que não tenham vagas garantidas em alguma competição nacional. Nesse último certame, estariam em disputa uma vaga para série D do Campeonato Brasileiro e outra para a Copa do Brasil (rende R$ 540 mil), ambas em 2021.
Por fim, a proposição da FGF ainda contempla a disponibilização de cursos de capacitação em áreas como gestão administrativa e orçamentária, análise de desempenho e gestão técnica para o quadro de colaboradores dos clubes.
Sem acesso e sem rebaixamento
Nesse novo formato, não haveria acesso para o Gauchão e nem rebaixamento para a Terceirona. O que estaria em pauta seriam às vagas para as competições nacionais, que normalmente eram ofertadas pela Copinha.
A Divisão de Acesso está suspensa desde 16 de março. Apenas três rodadas da fase classificatória foram disputadas. A Terceirona, com início previsto para 5 de abril, sequer teve bola rolando, em decorrência da pandemia de coronavírus.
Posicionamento da dupla Ba-Gua
As opiniões são opostas na dupla Ba-Gua. No lado jalde-negro, dirigentes apontam ser a favor do cancelamento da Divisão de Acesso. E se for o caso, o clube participa da Supercopa. Do outro lado da cidade, os diretores alvirrubros querem que o Acesso seja retomado, e sem rebaixamento. O clube alega que, pelo fato de, numa fase final, entrarem equipes da série A, economicamente, a participação não é rentável para o clube.
EQUIPES/CIDADES
DIVISÃO DE ACESSO
Bagé
Guarany (Bagé)
São Paulo (Rio Grande)
Inter (Santa Maria)
Lajeadense (Lajeado)
São Gabriel
Guarani (Venâncio Aires)
Avenida (Santa Cruz)
Glória (Vacaria)
Veranópolis
União Frederiquense (Frederico Westphalen)
Igrejinha
Tupi (Crissiumal)
Passo Fundo
Brasil (Farroupilha)
Cruzeiro (Cachoeirinha)
TERCEIRONA
Santa Cruz
Farroupilha (Pelotas)
Rio Grande
12 Horas (Porto Alegre)
Riograndense (Rio Grande)
Real (Capão da Canoa)
Riopardense (Rio Pardo),
União Harmonia (Canoas)
São Borja
Nova Prata
Gaúcho (Passo Fundo)
Novo Horizonte (Esteio)
Marau
PRS (Garibaldi)
Santo Ângelo
Três Passos