Cidade
Empresas de transporte coletivo propõem subsídio ao governo
Conforme previsto em contrato, as empresas de transporte coletivo de Bagé estão aguardando, desde dezembro de 2019, o reajuste das passagens. As empresas Stadtbus e Anversa já protocolaram o pedido junto à Prefeitura, propondo que, por enquanto, durante a pandemia, o poder público subsidie o reajuste, para que não haja repasse imediato para a população.
Conforme o gerente da unidade de Bagé da empresa Stadtbus, Alexandre Solari, levando em conta o novo decreto, que entrou em vigor no dia 12 de junho, que aumentou capacidade de transporte para 70%, a empresa aumentou o horário de encerramento do transporte, passando das 22h para às 23h e, com isso, reflete no aumento de quilometragem. “No horário anterior ao novo decreto, tínhamos que colocar reforços nos horários de pico, para cumprir a determinação de 50%, mas ainda está muito complicado, pois estamos transportando 50% do normal”, disse.
Para o gerente, a solução, nesse momento, seria o prefeito estabelecer a nova tarifa, repassar o valor do reajuste às empresas e não repassar o reajuste a população. “Isso vem acontecendo em várias cidades do país. A Prefeitura está estudando a situação”, mencionou.
Solari adianta que, com a queda no número de passageiros transportados, é insustentável a tarifa praticada e, com isso, o sistema está a beira de um colapso. “A dificuldade vem sendo demonstrada com as paralisações dos funcionários, por causa de atrasos nos pagamentos dos salários e de fornecedores", relata.
O gerente enfatiza que a prioridade atual é o pagamento dos funcionários e do diesel, que são as condições mínimas para os veículos rodarem. “Com a atual arrecadação, nem isso estamos conseguindo cumprir", revela. Ele frisa que as empresas são conscientes que um reajuste neste momento é complicado. Mas, para o gerente, é fundamental para que não haja risco de novas paralisações ou um colapso efetivo no transporte público.