Esportes
Bagé perde dois mandos de campo por causa da partida contra São Paulo-RG
Após três meses da paralisação da Divisão de Acesso, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD) julgou, na tarde desta quinta-feira (18), as pautas que estavam pendentes no futebol gaúcho. Entre eles, o incidente que ocorreu no confronto entre Bagé e São Paulo de Rio Grande, dia 8 de março, no estádio Pedra Moura, pela segunda rodada do Acesso. E para este caso, a 6ª Comissão Disciplinar condenou o jalde-negro à perda de dois mandos de campo e multa de R$ 100.
O clube foi enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no que se refere a "desordens em sua praça de desporto". Neste caso, O Bagé poderia ter perdido o mando de até 10 jogos. O relator do caso foi Luiz Miguel Orihuela Dubal. Por parte do Bagé, a defesa ficou sob a responsabilidade de Tunai Quintana, que produziu prova documental.
Relembre o caso
Na época, conforme registrado em boletim de ocorrência, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), o trio de arbitragem, composto por Eduardo Bastos, Rodrigo Tedesco e André Peil, foi agredido no final da partida, por torcedores jalde-negros. Segundo o registro, as vítimas contaram que, antes de entrarem no carro, foram atacados com cusparadas e chutes. Após, o veículo teria sido cercado pelos torcedores que, além de proferir palavras de baixo calão, chutaram e danificaram o automóvel, resultando em diversos amassados.
Após analisar as imagens das câmeras de videomonitoramento que ficam em volta do Pedra Moura, a diretoria jalde-negra identificou cerca de 15 torcedores e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. Os suspeitos que faziam parte do quadro social do clube foram excluídos. Já os demais foram proibidos de acessar o estádio por tempo indeterminado.
Em nota oficial na época, assinada pelo presidente Rafael Vieira Alcalde e o diretor Jurídico, Tunai Quintana Pinto, o Bagé manifestou apoio ao Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado do Rio Grande do Sul (Safergs), que também elaborou uma nota de repúdio ao caso.
No lado alvirrubro, Jaime é absolvido
O julgamento também envolveu o Guarany, no caso, a expulsão do lateral esquerdo Jaime, na partida contra o Inter de Santa Maria, 11 de março, no estádio Antônio Magalhães Rossell, pela segunda rodada da Divisão de Acesso. O jogador já tinha amarelo e impediu o contra-ataque do atleta do adversário, Gustavo Gonçalves. Portanto, tomou o segundo e acabou sendo expulso na partida.
Por decisão da maioria, Jaime foi absolvido. Ele tinha sido enquadrado no artigo 250 do CBJD e estava sujeito até quatro jogos de suspensão. O caso teve como relator Carlos Augusto Peixoto Reis. Já a posição do Guarany foi comandada por Pedro Moura, que apresentou defesa escrita.