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Esculturas em ferro velho homenageiam os “quileros” na entrada de Melo, no Uruguai

Publicada em 29/06/2020
Esculturas em ferro velho homenageiam os “quileros” na entrada de Melo, no Uruguai | Região | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

por Mário Pereira

Quem chegar à cidade uruguaia de Melo, capital do Departamento de Cerro Largo, pela Rota 8, vindo de Aceguá, será surpreendido por uma sequência de esculturas instaladas no decorrer no canteiro central da rodovia na entrada da cidade.

O Conjunto Escultórico “El pobre que va por pan” é composto por cinco obras confeccionadas com ferro velho, pelo artista plástico Nicolás Fariña. As esculturas homenageiam a evolução dos “quileros” com o passar dos anos. “Representam no tempo, o que foi os famosos cargueiros, que iam até Aceguá, a cavalo, trazer cachaça, erva-mate e açúcar. Depois, na sequência, a bicicleta de ‘quilero’ e a moto. Essa imagem tem percorrido muitas partes do mundo. É muito peculiar ver uma motocicleta com 14 e até 16 botijões de gás encima. Por último, a escultura da mulher com suas compras”, explicou Fariña.

A exposição permanente impressiona pelo realismo. Na motocicleta, foram instalados botijões de gás de verdade. A mulher “de ferro” carrega uma mala com os dizeres - um quilo de esperança.

Tanto a obra, como o nome da coleção, foram inspiradas na composição do cantor uruguaio Osiris Rodriguez Castillo - “El Camino de Los Quileros”. A canção ficou conhecida como trilha sonora do filme “O banheiro do Papa”. O longa metragem relata a história de dificuldade de um desses trabalhadores informais, que apostam suas vidas e o pouco recurso financeiro que tem na arriscada viagem de compras na fronteira.

Nada simboliza melhor essa região da cidade onde foram fixadas as obras. Os moradores convivem, em seu cotidiano, com a presença dessas motocicletas carregadas com grandes cargas. “Desde pequeno, vejo os “quileros” carregados nas bicicletas e nas motos. É algo que realmente impressiona”, relata o escultor.


A obra

A iniciativa surgiu de uma proposta do governo municipal. “Depois de um intercâmbio de ideias, chegamos na conclusão que deveria ser cinco esculturas”, disse. Fariña conta que demorou cerca de dois anos para concluir o projeto, realizado com parafusos, polcas, chassis, latas e todo tipo de ferro velho, que pegasse solda elétrica. Cada escultura pesa entre 350 a 400 quilos. A obra mais alta é a bicicleta, que mede cerca de três metros.

A inauguração do Conjunto Escultórico “El pobre que va por pan” foi marco das comemorações do aniversário de 225 anos da cidade de Melo, no último dia 27 de junho. “Chegar e ver um cartaz com o nome da exposição e o meu, me enche de orgulho”, relata.

O artista

O escultor e artista plástico uruguaio, Nicolás Fariña, de 42 anos, é natural da cidade de Melo. Iniciou o trabalho com esculturas utilizando ferro velho há cerca de cinco anos, esculpindo, nesse período, diversas figuras humanas e de animais. “Sempre idealizei algum projeto escultórico em grande escala”, lembra.

Ele também realizou exposições em diversas cidades uruguaias, na Argentina e na Itália. Em 2018, participou de uma mostra na Casa de Cultura Pedro Wayne, em Bagé.   

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